Estimuladas pelas compras da China, as vendas externas do agronegócio brasileiro alcançaram entre janeiro e outubro um recorde de US$ 139,58 bilhões, 3% a mais que nos primeiros dez meses do ano passado, informou o Ministério da Agricultura e Pecuária nesta terça-feira.
Segundo os dados, a China foi o destino de 36,6% das exportações do agronegócio brasileiro nos primeiros dez meses do ano, com compras totais no valor de US$ 51,1 bilhões.
A Ásia foi o principal destino geográfico dos produtos da agroindústria brasileira no período, com uma cota de 53,4%, liderada pela China.
Os setores que mais contribuíram para o desempenho positivo das exportações no período foram o complexo soja (US$ 4,37 bilhões), o complexo sucroalcooleiro (US$ 3,020 bilhões) e cereais, farinhas e preparados (US$ 1,82 bilhão).
Em outubro, as exportações brasileiras de produtos agroindustriais totalizaram um faturamento de US$ 13,38 bilhões, 2,3% menos ante o mesmo período de 2022, e responderam por 45,4% das exportações totais do Brasil.
A soja, o milho e o açúcar são os produtos que mais se destacaram no mês.
As exportações de soja em grãos atingiram volume recorde para os meses de outubro, com 5,53 milhões de toneladas. Esta quantidade embarcada é quase 45,7% superior ao exportado no mesmo mês de outubro do ano passado.
A participação da China nas aquisições da soja em grãos exportada pelo Brasil subiu para quase 88% do volume exportado no mesmo período do ano passado. As vendas externas de soja em grãos alcançaram US$ 2,89 bilhões em outubro de 2023, com alta de 24%.
O volume embarcado de milho foi recorde para os meses de outubro, chegando a 8,44 milhões de toneladas nesse outubro de 2023 ou uma quantidade 24,5% superior na comparação com os 6,78 milhões de toneladas exportados no mesmo mês do ano passado. As vendas externas de milho foram de US$ 1,89 bilhão, praticamente idêntico ao de outubro de 2022.
Nesse mês de outubro de 2023, a China foi o principal país importador do milho brasileiro, com participação de 40,9% na quantidade exportada pelo Brasil (3,46 milhões de toneladas) ou US$ 765,77 milhões.
O terceiro produto com desempenho favorável neste mês foi o açúcar. Os preços internacionais do açúcar continuaram elevados em setembro, devido ao déficit hídrico registrado nas lavouras asiáticas e preocupações com uma possível quebra de safra. As exportações de açúcar brasileiro subiram de US$ 1,30 bilhão (outubro/2022) para US$ 1,50 bilhão (outubro/2023), uma alta de quase 15,4%.
O aumento dos preços médios de exportação em 26,9% é o principal fator responsável pelo aumento do valor embarcado. Os maiores importadores do produto são Índia (US$ 197,73 milhões); Argélia (US$ 124,56 milhões, +22,4%); Indonésia (US$ 104,19 milhões, +3,8%); e China (US$ 96,97 milhões, -51,3%).