Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China pediu no domingo às Filipinas que parassem de criar problemas e de fazer provocações.
As observações foram proferidas após ser solicitado a comentar o último incidente no Mar do Sul da China.
No domingo, as Filipinas entregaram suprimentos ao navio de guerra ilegalmente "encalhado" em Ren'ai Jiao. A Guarda Costeira da China (GCC), de acordo com a lei, bloqueou os navios filipinos que entregavam ilegalmente materiais de construção.
O porta-voz chinês disse que dois navios civis e dois navios da guarda costeira das Filipinas invadiram as águas de Ren'ai Jiao, em Nansha, em 22 de outubro, sem a permissão da China.
Desconsiderando os avisos dos navios da GCC, os navios filipinos avançaram em direção à lagoa de Ren'ai Jiao e colidiram perigosamente com os navios da GCC que realizavam a aplicação da lei no local e com os navios de pesca chineses que ali realizavam atividades de pesca normais, segundo o porta-voz.
A GCC tomou as medidas necessárias de aplicação da lei aos navios filipinos, de acordo com o direito interno e internacional, para defender a soberania territorial e os direitos e interesses marítimos da China. A ação tomada no local foi profissional e contida, disse o porta-voz.
O porta-voz enfatizou que Ren'ai Jiao faz parte do arquipélago Nansha da China. As Filipinas "encalharam" ilegalmente o seu navio de guerra em Ren’ai Jiao, o que viola gravemente a soberania territorial chinesa.
Observando que as Filipinas prometeram explicitamente várias vezes rebocar o navio militar deliberada e ilegalmente "encalhado" em Ren'ai Jiao, o porta-voz disse que 24 anos se passaram e, em vez de rebocá-lo, as Filipinas procuraram repará-lo e reforçá-lo em grande escala para ocupar permanentemente Ren'ai Jiao.
A China demonstrou extraordinária moderação e paciência em relação à situação. Há já algum tempo que a China tem mantido comunicações frequentes com as Filipinas a vários níveis e através de vários canais, deixando claro às Filipinas que não deve enviar materiais de construção destinados à reparação e reforço em grande escala do navio "encalhado", o disse o porta-voz.
As Filipinas, no entanto, optaram por ignorar a boa vontade e a sinceridade da China e renegaram a sua própria promessa, continuando a enviar navios para as águas de Ren'ai Jiao, espalhando desinformação e hiperbolizando a questão, disse o porta-voz.
O comportamento das Filipinas violou gravemente a soberania territorial e os direitos e interesses marítimos da China, violou o direito internacional e a Declaração sobre a Conduta das Partes no Mar da China Meridional e minou a paz e a estabilidade regionais, disse o porta-voz.
A China, uma vez mais, apela às Filipinas para que encarem com seriedade as graves preocupações da China, honrem a sua promessa, cessem as provocações, parem de atacar e caluniar infundadamente a China e reboquem o navio de guerra ilegalmente "encalhado" assim que possível, para que a paz e a estabilidade do Mar da China Meridional não sejam comprometidas e os interesses comuns dos países da região não sejam afetados, disse o porta-voz.
"A China continuará a tomar as medidas necessárias, de acordo com o direito interno e internacional, para salvaguardar firmemente a soberania territorial e os direitos e interesses marítimos da China", disse o porta-voz.