O vice-presidente chinês, Han Zheng, pediu nesta quinta-feira ao mundo que se mantenha fiel ao multilateralismo e melhore a governança global, em um discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU).
Falando no Debate Geral da 78ª sessão da AGNU, Han disse que os Estados membros da ONU devem defender a equidade e a justiça e salvaguardar a paz e a segurança, buscar o benefício mútuo, entregar resultados vantajosos para todos e alcançar o desenvolvimento para todos, permanecer abertos e inclusivos, promover a civilização humana, além de se manter fiéis ao multilateralismo e melhorar a governança global.
Han disse que as legítimas preocupações de segurança de todos os países devem ser abordadas, que a soberania e a integridade territorial de todos os países devem ser respeitadas e que as diferenças e disputas devem ser resolvidas de forma pacífica por meio do diálogo e da consulta.
A China, disse o vice-presidente, apoia todos os esforços que conduzem à solução pacífica da crise na Ucrânia e está pronta para continuar a desempenhar um papel construtivo para a rápida obtenção da paz.
O desenvolvimento deve ser colocado no centro da agenda internacional, e o benefício do desenvolvimento deve chegar a cada país e indivíduo de uma maneira mais justa, disse Han.
Elaborando sobre a questão do desenvolvimento, Han disse que a China avançará ainda mais na cooperação em torno da Iniciativa do Cinturão e Rota e da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, acrescentando que a China continuará a contribuir para a construção de uma comunidade global de desenvolvimento.
Diferentes países e civilizações devem prosperar juntos, respeitando uns aos outros, avançar juntos aproveitando a força uns dos outros e buscar resultados ganha-ganha por meio da cooperação, disse Han.
Além disso, o vice-presidente disse que os países do mundo devem promover a causa internacional dos direitos humanos por meio do diálogo e da cooperação e se opor à politização e ao duplo padrão em questões de direitos humanos.
O mundo deve se opor ao uso dos direitos humanos e da democracia como ferramenta política para interferir nos assuntos de outros países, observou Han.
O vice-presidente pediu aos países que se mantenham fiéis ao multilateralismo e melhorem a governança global.
Observando que a China é um defensor ferrenho do sistema internacional com as Nações Unidas em seu núcleo, Han disse que o organismo mundial deve fazer avanços em todas as três áreas pilares de segurança, desenvolvimento e direitos humanos de maneira equilibrada e ver que todos os países salvaguardam conjuntamente a segurança universal, compartilham conquistas de desenvolvimento e traçam o curso para o futuro do mundo.
Ele também pediu que a comunidade internacional fortaleça a representação e a voz dos países em desenvolvimento e torne a governança global mais justa e equitativa.
O vice-presidente disse que a China continua comprometida em se abrir mais para o mundo.
A China continuará a expandir a abertura institucional, promover a liberalização e facilitação do comércio e do investimento, facilitar ainda mais o acesso ao mercado para o investimento estrangeiro e proteger os direitos e interesses legais dos investidores estrangeiros, disse Han.
A China continua comprometida com uma política externa independente, disse Han.
A independência é a característica definidora da diplomacia chinesa, e nenhum medo de hegemonia é seu caráter distintivo. Por mais desenvolvida que seja, a China nunca buscará hegemonia ou expansão, disse ele.
A China salvaguarda resolutamente a sua soberania e integridade territorial, sublinhou Han.
O governo da República Popular da China é o único governo legal que representa toda a China, e Taiwan tem sido uma parte inalienável do território da China desde os tempos antigos, disse Han.
Ninguém ou força deve subestimar a firme determinação, a forte vontade e a grande capacidade do povo chinês para salvaguardar sua soberania nacional e integridade territorial, disse ele.
O vice-presidente disse que a China continuará a ser um membro da grande família de países em desenvolvimento. Como o maior país em desenvolvimento, a China é um membro natural do Sul Global, compartilhando o bem-estar e o sofrimento com o grande número de países em desenvolvimento, disse Han.
A China é firme na defesa dos direitos e interesses legítimos dos países em desenvolvimento, apoia e respeita seus esforços para escolher independentemente seus caminhos de desenvolvimento com base em suas condições nacionais, disse ele.
