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O chanceler alemão, Olaf Scholz, rejeitou as preocupações de que a crescente concorrência chinesa seja uma ameaça para a indústria automóvel local, ao mesmo tempo que deu as boas-vindas aos fabricantes de automóveis chineses no maior salão automóvel da Europa, IAA Mobility 2023, em Munique.
O evento de seis dias foi inaugurado oficialmente na terça-feira (5).
No evento de seis dias participam cerca de 70 empresas chinesas, o segundo maior número depois dos participantes alemães. Sob o lema Experiência de Mobilidade Conectada da IAA deste ano, os fabricantes de automóveis chineses estão oferecendo mais oportunidades e escolhas para parceiros locais e clientes na Europa.
Scholz afirmou que o aumento da concorrência da China foi bom para a indústria automobilística alemã.
"A concorrência leal estimula os negócios. É do interesse dos consumidores", explicou ele, enquanto as empresas chinesas de veículos elétricos apresentavam vários novos modelos totalmente elétricos, superando alguns gigantes automotivos alemães. “A competição deve nos estimular, não nos assustar”, enfatizou ele.
“Os países que alcançaram grande prosperidade no decorrer da globalização e os seus trabalhadores, não têm menos direitos nem menos acesso às oportunidades da modernidade do que nós”, observou Scholz sobre a China.
"Na década de 1980, dizia-se (que) os carros japoneses iriam invadir o mercado. Vinte anos depois, eram os carros fabricados na Coreia do Sul e agora os carros elétricos supostamente chineses", ponderou Scholz.
O chanceler alemão também demonstrou confiança nos pontos fortes do seu país.
“Não há dúvidas sobre a competitividade internacional da Alemanha como país automobilístico”, disse ele, acrescentando que “a Alemanha ainda é o eixo da indústria automobilística e continuará sendo”.
Jun Jin, especialista da indústria automobilística da PwC, disse que o mercado internacional oferece grandes oportunidades para os fabricantes chineses de veículos elétricos, dada a sua força em tecnologia e custos.
"Mas isto não significa simplesmente replicar a sua história de sucesso na China; eles precisam de ter sucesso através da adoção de práticas locais", disse Jun ao China Daily.
As empresas chinesas ainda contam com exportações e têm um longo caminho a percorrer antes de fabricarem veículos no exterior, organizarem cadeias de abastecimento globais e melhorarem os serviços para os clientes locais, avaliou Scholz.
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