Angola, que assumirá a próxima presidência da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (CDAA), liderará os Estados membros na promoção da segurança e do desenvolvimento regional, comentou um especialista.
A África Austral está enfrentando questões cruciais de segurança, incluindo instabilidade em Cabo Delgado, Moçambique e no leste da República Democrática do Congo (RDC), e Angola poderia colocar essas questões na agenda da CDAA e trabalhar em busca de soluções colaborativas para aumentar sua influência e contribuir para a estabilidade regional, avaliou Osvaldo Mboco, especialista em relações internacionais da Universidade Técnica de Angola.
A 43ª Cúpula Ordinária de Chefes de Estado e de Governo da CDAA será realizada em 17 de agosto em Luanda, Angola. A comunidade econômica regional, composta por 16 Estados-membros, dedica-se a promover o crescimento econômico sustentável e equitativo e o desenvolvimento socioeconômico por meio da cooperação e da integração.
Em uma entrevista recente à Xinhua, Mboco destacou que, como um dos principais países mediadores, tanto política quanto militarmente, dentro da CDAA, "Angola é um dos Estados que está atacando a tarefa de ajuste da resolução de conflitos".
Além disso, Mboco mencionou o desafio da industrialização como uma preocupação significativa enfrentada pela CDAA.
As assimetrias persistentes entre seus membros e um comércio intra-regional enfraquecido continuam a perturbar a região. A industrialização desempenha um papel fundamental na integração dinâmica da CDAA e na promoção do desenvolvimento regional, enfatizou o especialista.
Ele mencionou que o Corredor Lobito de Angola, uma ferrovia que se estende da costa angolana até a RDC, vai facilitar o comércio na região.
A CDAA precisa superar esses desafios para alcançar o desenvolvimento e a prosperidade desejados, finalizou.