O comércio exterior da China deve manter um crescimento estável apesar de um ambiente externo desafiador, uma vez que o país continua fortalecendo o ímpeto endógeno e expandindo as relações econômicas e comerciais multilaterais, disseram especialistas.
As importações e exportações da China cresceram 0,4% ano a ano, totalizando 23,55 trilhões de yuans (US$ 3,29 trilhões) nos primeiros sete meses de 2023, de acordo com a Administração Geral das Alfândegas (GAC).
Desde o segundo trimestre, a balança comercial mensal do país permaneceu acima de 3,4 trilhões de yuans.
Somente em julho, o comércio exterior da China totalizou 3,46 trilhões de yuans, um aumento de 25,7% em relação a julho de 2019 e 4,5% acima da média de julho de 2020-2022.
Os dados mais recentes estavam de acordo com as expectativas, e o comércio exterior da China manteve operações estáveis, disse o porta-voz da GAC, Lyu Daliang.
Os fundamentos para o crescimento de longo prazo não mudaram, acrescentou Lyu.
Analistas disseram que os fundamentos para o crescimento do comércio exterior de longo prazo também permanecem inalterados, citando a crescente competitividade de exportação do país e estruturas de mercado e produtos mais diversificadas como suas vantagens de desenvolvimento.
Zhang Jun, economista-chefe da China Galaxy Securities Co., Ltd., disse que os produtos de exportação chineses subiram na cadeia de valor global após a atualização industrial contínua.
O comércio geral da China, que envolve longas cadeias industriais e alto valor agregado, aumentou 2,1%, para 15,41 trilhões de yuans, nos primeiros sete meses do ano. Foi responsável por 65,4% do valor total do comércio exterior do país, 1,1 ponto percentual a mais que no ano passado.
O valor total das exportações dos três principais produtos verdes intensivos em tecnologia da China - baterias solares, baterias de íon-lítio e veículos elétricos - saltou 61,6% em termos anuais no primeiro semestre de 2023. Juntos, os três produtos contribuíram com 1,8 ponto percentual para o crescimento geral das exportações do país durante o período, mostram dados alfandegários.
A China tem cultivado suas relações econômicas e comerciais com os países membros da Parceria Econômica Abrangente Regional, a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e os países ao longo do Cinturão e Rota, proporcionando às empresas chinesas mais oportunidades para explorar mercados estrangeiros, disse Xu Yingming, analista da Academia Chinesa de Comércio Internacional e Cooperação Econômica.
No período de janeiro a julho, a ASEAN continuou sendo o maior parceiro comercial da China. O comércio da China com os membros da ASEAN aumentou 2,8% ano a ano.
Nos primeiros sete meses, o comércio da China com os países ao longo do Cinturão e Rota totalizou 8,06 trilhões de yuans, saltando 7,4% ano a ano e respondendo por 34,2% do valor comercial total do país.
Olhando para a segunda metade do ano, o funcionário do Ministério do Comércio, Li Xingqian, disse que a situação é extremamente sombria, citando a fraca demanda global por produção, consumo e investimento e movimentos de "desvinculação" ou "eliminação de riscos" de alguns países.
No entanto, a China tomará outras medidas para ajudar as empresas a garantir pedidos e expandir seus mercados, incluindo a realização de exposições comerciais, o aumento do número de voos internacionais e a facilitação de vistos para empresários estrangeiros, disse Li.
O país já registrou uma crescente confiança nas empresas de comércio exterior. Cerca de 75% das mais de 3.100 empresas de comércio exterior pesquisadas pelo Conselho Chinês para a Promoção do Comércio Internacional disseram estar confiantes em relação ao desenvolvimento do terceiro trimestre.
