Wang Yi (2º D), diretor do Escritório da Comissão de Relações Exteriores do Comitê Central do Partido Comunista da China, encontra-se com Celso Luiz Nunes Amorim (2º E), assessor-chefe da Presidência do Brasil, em Joanesburgo, África do Sul, em 24 de julho de 2023. (Foto: Zhang Yudong/Xinhua)
Wang Yi, diretor do Escritório da Comissão de Relações Exteriores do Comitê Central do Partido Comunista da China, reuniu-se na segunda-feira (24) com Celso Luiz Nunes Amorim, assessor-chefe da Presidência do Brasil.
A China e o Brasil, os maiores países em desenvolvimento nos hemisférios oriental e ocidental, compartilham interesses estratégicos comuns, observou Wang.
A China está disposta a trabalhar com o Brasil para aprofundar a confiança mútua estratégica, expandir a cooperação estratégica e fortalecer o alinhamento entre a Iniciativa do Cinturão e Rota e as estratégias de desenvolvimento do Brasil, como a reindustrialização e o programa de aceleração do crescimento, disse Wang.
A China também está pronta para trabalhar com o Brasil para explorar ainda mais os interesses comuns e criar motores de crescimento, tornando seu relacionamento um modelo de solidariedade e cooperação entre mercados emergentes e países em desenvolvimento, de modo a promover conjuntamente o desenvolvimento humano e o progresso e se esforçar para construir uma comunidade humana com um futuro compartilhado, acrescentou Wang.
O mecanismo BRICS se tornou a plataforma mais representativa para a cooperação Sul-Sul e está diante de uma oportunidade histórica de desenvolvimento, disse Wang.
BRICS é um acrônimo para cinco economias emergentes – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
A China pretende fortalecer a comunicação e a coordenação com o Brasil, promover conjuntamente a cooperação do BRICS para refletir a nova realidade e responder às vozes de todas as partes, acompanhar os tempos, fazer novos progressos, salvaguardar melhor os interesses comuns dos mercados emergentes e países em desenvolvimento e promover a multipolarização e a democracia nas relações internacionais, pontuou Wang.
Por sua vez, Celso Amorim disse que a China é um importante parceiro estratégico do Brasil e que a cooperação abrangente entre os dois países tem produzido resultados frutíferos.
O Brasil está disposto a trabalhar com a China para implementar o consenso dos líderes dos dois países, manter estreita comunicação e coordenação estratégica, aprofundar a cooperação pragmática em aviação, automóvel, tecnologia avançada, economia verde, mudança climática e outros campos, e criar efeitos multiplicadores, disse ele.
O Brasil está disposto a fortalecer a cooperação com a China em estruturas multilaterais como o BRICS, defender conjuntamente o multilateralismo e salvaguardar a paz mundial, acrescentou Celso.
Os dois lados também trocaram opiniões sobre questões internacionais de interesse comum.