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Conservação do panda selvagem, um caso de sucesso na província de Sichuan

Fonte: Diário do Povo Online    05.07.2023 15h55

Zhang Zejun*

Em 22 de junho de 2023, o Jardim Zoológico de Chongqing realizou um evento temático para o Festival do Barco do Dragão, em que foram oferecidos zongzi (bolinhos de arroz glutinoso) aos pandas que ali residem. Foto: Li Hongbo, Diário do Povo Online

O panda é um tesouro nacional da China. Nos últimos anos, sua população tem crescido constantemente, o seu habitat natural tem melhorado continuamente e os esforços de proteção e pesquisa são cada vez mais evidentes. Tudo isso se traduz em um reflexo das conquistas da construção da civilização ecológica e da conservação da biodiversidade na China.

Em comparação com o seu olfato e audição desenvolvidos, a capacidade visual do panda não é forte, sendo equivalente a uma miopia de cerca de 800 graus em humanos. No entanto, em uma densa floresta de bambu, a evolução ditou que o panda não necessita de uma visão apurada. Ao caminhar, o panda tem as patas dianteiras e traseiras voltadas para dentro, o que lhe confere um movimento engraçado. O ritmo lento de seus movimentos permitem-lhe economizar energia. Por outro lado, o panda é capaz de nadar e escalar árvores, possui articulações flexíveis em todo o corpo e muitas vezes é capaz de realizar movimentos surpreendentes.

Até o momento, o membro mais antigo conhecido da família dos pandas é um fóssil do panda primitivo, descoberto em Lufeng, na província de Yunnan, na China. Sua idade geológica é estimada em cerca de 8 milhões de anos, remontando ao final do período Mioceno.

Desde a fundação da República Popular da China, o governo chinês tem fortalecido constantemente a proteção científica dos pandas. Foram estabelecidas quatro áreas de conservação natural em Sichuan: Wolong, Baihe, Wanglang e Labahe. Ao mesmo tempo, os estudos sobre a biologia dos pandas têm avançado gradualmente. Desde a década de 1990, graças a esforços conjuntos, a pesquisa sobre os pandas na China tem se destacado mundialmente.

Ter um conhecimento preciso sobre a população de pandas selvagens é a base e o pressuposto para a proteção científica desta espécie. Desde 1974, a China realizou quatro pesquisas sobre estes animais. A quarta pesquisa revelou um aumento de mais de 10% na quantidade da população de pandas selvagens e na área do seu habitat em todo o país. Até o final de 2013, havia mais de 1800 pandas selvagens em todo o país, distribuídos em diferentes regiões. No entanto, algumas populações têm menos de 30 espécimes, o que torna bastante desafiador manter a quantidade da população por meio locais de conservação.

A China iniciou, assim, o Projeto de Reintrodução de Pandas na Natureza, que envolve a libertação de pandas criados em cativeiro para restabelecer populações selvagens ameaçadas. Por meio dessa abordagem criativa de intervenção humana, mais de 10 pandas criados em cativeiro foram reintroduzidos em pequenas populações, como a área de Liziping. Em outubro de 2021, a China anunciou oficialmente o estabelecimento dos primeiros Parques Nacionais, incluindo o Parque Nacional do panda. O Parque Nacional do panda abrange uma área de aproximadamente 2,2 milhões de hectares, englobando cerca de 60% do habitat selvagem dos pandas e abrigando mais de 70% dos indivíduos de pandas selvagens. O estabelecimento do Parque Nacional do Panda marca uma nova fase na conservação dos pandas na China.

Em 2016, a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) rebaixou o estatuto de ameaça do panda de "em perigo" para "vulnerável". Isso reflete os notáveis progressos alcançados pela China na área de conservação do panda e demonstra a imagem responsável da China como uma grande nação na área da conservação da natureza. Graças aos esforços conjuntos de diversos setores da sociedade, a proteção e pesquisa dos pandas tornaram-se uma história de sucesso escrita pelo povo chinês, estabelecendo um exemplo para a conservação da vida selvagem em todo o mundo.

*O autor é o reitor da Universidade Normal de Chengdu  

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