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Putin agradece aos russos por demonstrarem solidariedade

Fonte: Diário do Povo Online    28.06.2023 14h07

O presidente russo, Vladimir Putin, participa de uma reunião com militares no Kremlin em Moscou, Rússia, em 27 de junho de 2023. [Foto/Agências]

O presidente russo, Vladimir Putin, em seu primeiro discurso nacional desde que Yevgeny Prigozhin, chefe do grupo militar privado Wagner, lançou uma breve insurreição no sábado, agradeceu aos russos por sua unidade sobre o incidente.

Putin enfatizou no discurso na noite de segunda-feira que medidas imediatas foram tomadas desde o início para evitar derramamento de sangue. Ele elogiou a coragem dos militares e policiais e prometeu cumprir sua promessa aos membros do grupo Wagner de que eles poderiam ir para a Bielo-Rússia, ingressar no exército russo ou voltar para suas famílias.

"Foi necessário tempo, entre outras coisas, para dar aos que erraram a chance de cair em si, de perceber que suas ações eram firmemente rejeitadas pela sociedade e que a aventura em que haviam se envolvido tinha consequências trágicas e destrutivas. Consequências para a Rússia e para o nosso Estado", disse Putin, citando a Reuters.

Na terça-feira, o Serviço Federal de Segurança da Rússia disse que havia encerrado uma investigação criminal sobre a rebelião armada, sem acusações contra Prigozhin ou qualquer outro participante.

A agência de segurança, explicando sua decisão em um comunicado, disse que os participantes da insurreição armada "cessaram suas ações diretamente voltadas para cometer o crime".

Putin expressou também gratidão aos militares, agentes da lei e oficiais de inteligência e aos pilotos heróis que se insurgiram para deter os amotinados.

Ele disse perante as tropas reunidas no Kremlin, na terça-feira, que efetivamente "pararam a guerra civil", e um minuto de silêncio foi ocorreu mais tarde pelos pilotos mortos durante a revolta.

Observando que os sentimentos patrióticos dos russos e a consolidação de toda a sociedade foram cruciais para acabar com o motim, Putin disse que "essa solidariedade cívica deixou claro que qualquer chantagem e tentativa de criar turbulência interna estava fadada ao fracasso".

Ele agradeceu ainda ao presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, por seu papel de mediador na resolução da tentativa de motim.

Os combatentes do grupo Wagner assumiram o controle no sábado da cidade de Rostov-on-Don, no sul, e do quartel-general militar do sul da Rússia, tendo conduzido depois um comboio armado a 200 quilômetros de Moscou antes de abortar a marcha.

Putin disse que também apreciou os combatentes Wagner "que fizeram a única escolha certa e se recusaram a começar o derramamento de sangue fratricida".

De acordo com a agência de notícias estatal RIA Novosti, Putin posteriormente realizou uma reunião com chefes de agências de segurança na noite de segunda-feira. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que o presidente se reuniu com altos funcionários de segurança e militares, incluindo o ministro da Defesa, Sergei Shoigu.

Em Washington, o presidente dos EUA, Joe Biden, procurou na segunda-feira distanciar os Estados Unidos da tentativa de rebelião, dizendo em seus primeiros comentários públicos desde o episódio que o Ocidente não estava envolvido no incidente.

Falando da Casa Branca, Biden sugeriu que era muito cedo para dizer como a situação se desenrolaria daqui para frente. Ele disse ainda que poderá falar novamente com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para coordenar sua resposta, depois de conversar por telefone no domingo.

No fim de semana, Biden permaneceu em silêncio sobre o incidente. Ele consultou aliados europeus por telefone no sábado, antes de viajar para o retiro presidencial de Camp David com Jake Sullivan, seu conselheiro de segurança nacional.

Também na segunda-feira, Putin assinou um decreto que estende até o final deste ano as contramedidas do governo russo contra um teto do preço do petróleo e derivados russos, imposto pelos países ocidentais.

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