Português>>Sociedade

Cultura chinesa única do café

Fonte: Diário do Povo Online    15.06.2023 14h17

A cultura do café no mundo ocidental tem uma longa história. No século 18 já existiam mais de 300 cafeterias nas ruas de Paris.

Na China, a maioria das pessoas estabeleceu uma compreensão sistemática do café, provavelmente a partir da década de 1980. Desde a entrada da Starbucks nos Estados Unidos e restaurantes de chá em Hong Kong para a parte continental da China, até a crescente força do café na China, cafeterias mais bem localizadas estão gradualmente mudando o modo de vida das pessoas. Aos poucos vai tomando forma o paradigma do consumo chinês de café, uma cultura cafeeira própria dos chineses.

“A China sempre foi um país dominado pela cultura do chá, então não precisamos necessariamente ter certas regras para tomar café”, disse Zhang Yipeng, dona de uma cafeteria em Beijing. Ela adora tomar café, mas não é supersticiosa com os sabores, acredita que entre os sabores complicados, encontrar a sensação que mais lhe convém é a forma correta de consumir o café.

Em abril de 2021, foi lançado o popular “Raw Coconut Latte” da Luckin, que não apenas impulsionou as vendas de toda a indústria de café moído na hora, mas também provou que os consumidores chineses não estão desacostumados a beber café, mas não adoram o sabor do café no “estilo ocidental”. Ao contrário dos consumidores europeus e americanos, que estão acostumados com o sabor ácido e amargo do café, os consumidores chineses preferem o sabor rico do café misturado com leite e leite de coco.

Atualmente, a demanda dos consumidores chineses por café voltou de refrescante para o sabor original. Em março de 2023, a Luckin lançou uma busca global de grãos, liderada por Anthony Douglas, campeão do Campeonato Mundial de Barista (WBC, na sigla em inglês), e os caçadores de grãos atuaram diretamente na linha de frente da produção de café. Isso favorece o controle da qualidade desde a origem, selecionando grãos que atendam ao gosto do consumidor chinês, e também contribui para a construção de competitividade na cadeia industrial mundial.

Devido ao alto preço e baixa produção de grãos de café panamenhos, as marcas de café populares são desencorajadas a ir para lá. Luckin considera que seja uma parada importante. Alí Anthony Douglas e os baristas do Luckin visitaram fazendas de café, inspecionaram fábricas e estão entrando em contato com a fonte de café de alta qualidade.

O modelo da Luckin na Etiópia vai um passo além. Na principal área produtora de café da Etiópia, onde a altitude é de cerca de 2.000 metros, a diferença de temperatura entre o dia e a noite faz com que a fruta acumule mais açúcar, e o solo fértil permite que a fruta absorva nutrientes suficientes. O escritório da Luckin na Etiópia foi estabelecido em maio deste ano.

Seja uma cadeia de café ou uma marca de nicho independente, a "qualidade" tornou-se o fator decisivo na competição. Sua manifestação direta é a paridade do café Geisha: o café Geisha é conhecido como a "Lenda dos Feijões", com seu sabor único e quantidade rara, chegou a ser vendido por um preço altíssimo de US$ 1.029 a libra na seleção de grãos verdes em 2019.

É previsível que no futuro os cafés especiais sejam verdadeiramente popularizados, e a indústria cafeeira chinesa também entrará na era da competição pela qualidade.

Em relação à cultura do café de estilo chinês que vem tomando forma, Wu Jun, o fundador da Santong, acredita que haverá uma extensão mais profunda e mais possibilidades no futuro. No rápido desenvolvimento da sociedade, novos sabores, modos serão produzidos, seguindo os hábitos de consumo.

0 comentários

  • Usuário:
  • Comentar: