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China sedia diálogo sobre parceria regional de pesquisa do Leste Asiático e da América Latina

Fonte: CRI Português    14.06.2023 10h18

No dia 12 de junho de 2023, ocorreu o quarto "Diálogo sobre Parceria Regional de Pesquisa do Leste Asiático e da América Latina", conferência internacional realizada em Wuhan, co-organizada pelo Instituto de Estudos Latino-Americanos da Academia Chinesa de Ciências Sociais, pela Universidade de Hubei e pelo Instituto Nacional para Estratégia Global da Academia Chinesa de Ciências Sociais. O tema do evento foi "Parceria de Qualidade: Desenvolvimento e Aprendizado Mútuo no Leste Asiático e na América Latina".

A cerimônia de abertura foi presidida pelo vice-presidente da Universidade de Hubei, Jiang Tao. O vice-secretário do Comitê da Universidade de Hubei do Partido Comunista da China, Zhu Xin, afirmou que o evento é uma rara oportunidade para que esta universidade fortaleça os intercâmbios com outros institutos de ensino superior e think tanks do Leste Asiático e da América Latina, e participe do diálogo acadêmico. A Universidade de Hubei atribui, há muito tempo, grande importância ao intercâmbio e à cooperação internacional e vem promovendo a internacionalização do ensino superior. Desde o início do século XXI, tem reforçado ainda mais sua cooperação com os demais países do Leste Asiático, bem como da América Latina.

O diretor do Escritório para a América Latina do Departamento Internacional do Comitê Central do Partido Comunista da China, Wang Yulin, destacou que, nos últimos anos, diante da complexa conjuntura internacional, o Leste Asiático e a América Latina vêm consolidando e fortalecendo a cooperação regional, e continuarão aprofundando a tendência de desenvolvimento integrado, tornando-se parceiros de alto nível. Dessa forma, os vínculos cada vez mais estreitos sedimentam um amplo espaço para cooperação futura em muitas áreas, como abertura comercial, interconexão de infraestrutura, energia limpa, economia digital e agricultura, trazendo forte impulso à parceria de qualidade entre ambas as regiões.

O vice-diretor do Escritório para Assuntos Estrangeiros do Governo de Hubei, Zhu Xiaobin, destacou que, nos últimos anos, os intercâmbios entre Hubei e cidades da América Latina e do Caribe foram fortalecidos, e sua cooperação econômica e comercial foi aprofundada. Cada vez mais empresas de Hubei entraram nos países da América Latina e do Caribe, e uma cooperação frutífera foi realizada nas áreas de automóveis, energia, ciência e tecnologia e construção de infraestrutura.

A conselheira do Departamento de Assuntos da América Latina e do Caribe do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Lei, afirmou que, no momento, o Leste Asiático e a América Latina, diante dos desafios compartilhados, no sentido de superar a situação difícil, buscar o desenvolvimento, promover a economia e melhorar a vida da população, precisam cada vez mais considerar seriamente como alcançar um desenvolvimento mais célere e de melhor qualidade. Nos últimos dois anos, a China adotou ações pragmáticas para promover a implementação da Iniciativa de Desenvolvimento Global em diversas partes do mundo. Na última década, a Iniciativa do Cinturão e Rota permitiu que mais países embarcassem no trem expresso de desenvolvimento da China, que continuará fornecendo a assistência dentro de sua capacidade para auxiliar outras nações a alcançar um desenvolvimento independente, diversificado e compartilhado. Segundo a diplomata, a China está disposta a oferecer mais oportunidades nesse sentido.

O homônimo e diretor do Escritório de Cooperação Internacional da Academia Chinesa de Ciências Sociais, Wang Lei, ressaltou que o mundo está passando por grandes mudanças sem precedentes, enquanto o desenvolvimento pacífico e a cooperação ganha-ganha são a aspiração comum do público e uma tendência histórica imparável. Nos últimos dez anos, a China e a América Latina alcançaram resultados frutíferos na construção conjunta do Cinturão e Rota, melhorando efetivamente sua cooperação pragmática e o bem-estar dos povos, além de impulsionar as parcerias entre o Leste Asiático e a América Latina.

A diretora do Instituto de Estudos Latino-Americanos da Academia Chinesa de Ciências Sociais, Chai Yu, apontou que, atualmente, as relações entre a China e a América Latina entraram em uma nova era de igualdade, vantagens mútuas, inovação, abertura e benefício para o povo. Diante da nova situação e dos novos desafios, a China e a América Latina devem defender a justiça internacional, praticar o multilateralismo verdadeiro e promover a construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade, promovendo o desenvolvimento de alta qualidade do Cinturão e Rota e fortalecendo a confiança política entre ambos.

Os especialistas participantes abordaram temas como a agenda para negociações comerciais e construção de interconectividade inter-regionais, segurança energética e alimentar, bem como modernização e compartilhamento de experiências. Segundo eles, as duas regiões reúnem a grande maioria dos países de mercados emergentes do mundo, que enfrentam o desafio histórico de evitar a armadilha da renda média, além da necessidade de promover o desenvolvimento global, a segurança alimentar e energética. Para construir uma parceria de alta qualidade entre o Leste Asiático e a América Latina, é necessário aderir ao regionalismo aberto, praticar o multilateralismo e aprofundar a cooperação para o desenvolvimento, promovendo a construção conjunta do Cinturão e Rota.

A conferência reuniu de forma híbrida mais de 40 especialistas e acadêmicos de 14 países, além de centenas de personalidades, entre elas funcionários governamentais e acadêmicos de think tanks e de universidades de países do Leste Asiático e da América Latina, assim como jornalistas.

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