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China pede que EUA, Reino Unido e Austrália parem atos de proliferação nuclear

Fonte: Xinhua    07.06.2023 10h44

A China pediu que os Estados Unidos, o Reino Unido e a Austrália prestem atenção às preocupações da comunidade internacional e parem atos de proliferação nuclear, como a cooperação submarina nuclear deles, disse na terça-feira Wang Wenbin, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.

Segundo reportagens, o primeiro-ministro cambojano, Hun Sen, disse na segunda-feira em um discurso que "a aliança de pequena escala relevante a submarinos movidos a energia nuclear entre os Estados Unidos, o Reino Unido e a Austrália está se tornando uma preocupação para a ASEAN e os países na região porque a ASEAN é uma zona livre de armas nucleares, e nos opomos à proliferação de armas nucleares". A aliança militar é o "ponto de partida de uma corrida ao armamento muito perigosa" e "se esta situação continuar, o mundo enfrentará um perigo maior", acrescentou.

Wang disse em uma entrevista coletiva diária que as declarações do primeiro-ministro Hun Sen falam das preocupações amplamente compartilhadas pelos países regionais, incluindo as nações da ASEAN.

A parceria de segurança da AUKUS e a cooperação nuclear submarina relacionada criam riscos de proliferação nuclear, ameaçam o regime internacional de não proliferação nuclear, minam o Tratado da Zona Livre de Armas Nucleares do Pacífico Sul e enfraquecem os esforços dos países da ASEAN para estabelecer uma zona livre de armas nucleares do Sudeste Asiático, destacou Wang.

De acordo com estimativas de especialistas internacionais em controle de armas, os materiais nucleares de grau armamento que os Estados Unidos e o Reino Unido planejam transferir para a Austrália seriam suficientes para construir até 64 a 80 armas nucleares, informou Wang.

Ele observou que se os três países estão determinados a avançar sua cooperação submarina nuclear isso será um duro golpe irreversível à integridade, eficácia e autoridade do sistema internacional de não proliferação nuclear e desencadeará comportamento semelhante em outros Estados que não possuem armas nucleares, transformando assim a região em uma arena de corrida ao armamento.

"Tal prática de buscar a própria segurança à custa da segurança de outros países e mergulhar outros países em 'ansiedade de segurança' é extremamente irresponsável e perigosa", ressaltou Wang.

O porta-voz disse que, como parceira estratégica abrangente da ASEAN e vizinha amiga, a China apoia firmemente os esforços das nações da ASEAN para estabelecer a zona livre de armas nucleares do Sudeste Asiático.

A China é o primeiro Estado de armas nucleares a apoiar abertamente o Tratado da Zona Livre de Armas Nucleares do Sudeste Asiático e expressou prontidão para assinar o Protocolo ao Tratado, enfatizou Wang.

"Mais uma vez pedimos que os Estados Unidos, o Reino Unido e a Austrália prestem atenção às preocupações da comunidade internacional, parem atos de proliferação nuclear, como sua cooperação submarina nuclear, deixem de minar o sistema internacional de não proliferação nuclear ao aplicar padrões duplos e parem de criar tempestades sobre o Oceano Pacífico", acrescentou.

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