A nomeação de embaixadores é um passo significativo para consolidar ainda mais as relações China-Honduras depois que os dois países estabeleceram relações diplomáticas, e espera-se que os dois países tomem ações em cooperação concreta e substancial, disseram especialistas chineses no domingo (4), depois que a presidente hondurenha, Xiomara Castro, anunciou no sábado a nomeação de Salvador Enrique Moncada como o primeiro embaixador de Honduras na China.
"É com imensa satisfação que tenho a honra de informar ao povo que nosso embaixador na República Popular da China será o Dr. Sir Salvador Enrique Moncada...", twittou Castro no sábado (3).
Salvador Enrique Moncada é um famoso farmacologista e pesquisador médico em Honduras. Ele já supervisionou o trabalho no Instituto Wolfson de Pesquisa Biomédica da University College London e pesquisou o câncer na Universidade de Manchester.
"Primeiro estabeleça relações diplomáticas e depois nomeie embaixadores - China e Honduras estão consolidando suas relações diplomáticas sem problemas e na próxima etapa impulsionarão os laços econômicos e comerciais, onde reside o aspecto mais importante das relações bilaterais", avaliou Jiang Shixue, professor do Centro para Estudos Latino-Americanos na Universidade de Shanghai, reportou o Global Times no domingo.
Jiang acredita que haverá uma melhora significativa nos investimentos da China em Honduras e nas importações chinesas de produtos agrícolas do país centro-americano.
A nomeação de Moncada como primeiro embaixador na China ocorreu após o estabelecimento de relações diplomáticas entre China e Honduras em 26 de março de 2023, depois que o país centro-americano anunciou o rompimento das "relações diplomáticas" com a região chinesa de Taiwan e o fim dos contatos oficiais com a ilha no futuro.
Jiang destacou que o estabelecimento e a consolidação contínua das relações diplomáticas entre China e Honduras tem um efeito demonstrativo muito importante na região latino-americana, já que restam apenas sete países que mantêm as chamadas relações diplomáticas com a ilha de Taiwan.
No futuro previsível, podemos ver que as autoridades dos EUA e do Partido Democrático Progessista de Taiwan (DPP, na sigla em inglês) continuarão a pressionar esses países, mas é a tendência geral que mais países adotem a posição correta no consenso internacional sobre Uma Só China, observou Jiang.