O líder de uma equipe de expedição chinesa que chegou na terça-feira ao topo do Monte Qomolangma, o pico mais alto do mundo, para realizar pesquisas científicas, revelou que o time atualizará o nível de observação no local.
Durante uma entrevista exclusiva com a Xinhua, Yao Tandong, acadêmico da Academia Chinesa de Ciências (ACC) e líder da equipe da segunda expedição científica abrangente ao Planalto Qinghai-Tibet, disse que o sistema de fornecimento de energia para estações meteorológicas no Monte Qomolangma será otimizado e melhorado.
"Cooperamos com a equipe do projeto de exploração lunar para desenvolver um tipo de bateria que possa se adaptar melhor a ambientes de temperatura extremamente baixa e baixa pressão, garantindo as operações estáveis das estações", disse Yao.
A escalada ao Monte Qomolangma 2023 faz parte da segunda expedição científica abrangente no Planalto Qinghai-Tibet, que começou em 2017. Ela se concentrará no estudo interdisciplinar e de múltiplas esferas, nos campos de escoamento de geleiras, meteorologia de altitudes extremas, sumidouro de carbono do platô, paleontologia, física atmosférica e recursos minerais de metais raros.
Ao realizar pesquisas científicas no ano passado, a equipe montou cinco estações meteorológicas no Monte Qomolangma, que, junto às três estações já construídas, constituem o sistema de observação meteorológica gradiente no pico, de acordo com Yao.
Além do Monte Qomolangma, há mais de 10 outros picos em altitudes ultra-altas no Planalto Qinghai-Tibet, disse Yao. Eles têm um efeito de convergência sobre o clima global.
"Após a escalada deste ano, iremos a outros picos para explorar os efeitos determinantes das montanhas na mudança climática", disse Yao.