O presidente angolano, João Lourenço, elogiou a contribuição socioeconômica da usina hidrelétrica de Caculo Cabaça, em construção pela China, dizendo que a central trará benefícios significativos em termos de fornecimento de energia e melhoria do bem-estar do povo angolano.
Lourenço deu as declarações no último sábado em Cuanza-Norte, província no centro-norte do país, ao participar de uma cerimônia de desvio temporário do rio Cuanza, um dos mais longos de Angola, que marcou o início da fase principal de construção do projeto hidrelétrico, que se tornará a maior usina de Angola e a terceira maior da África após sua conclusão.
Em entrevista à Xinhua, o ministro angolano de Energia e Águas, João Baptista Borges, destacou as parcerias entre Angola e a China na promoção do uso de energias renováveis em seu país. "Na última década, colaboramos com várias empresas chinesas do setor de energia e água e hoje alcançamos resultados satisfatórios."
De acordo com um comunicado da China Gezhouba Group Company Limited (CGGC), empreiteira do projeto de Caculo Cabaça, a usina hidrelétrica está localizada no curso médio do rio Cuanza. Ela foi projetada para ter uma capacidade instalada de 2.172 megawatts. Após a conclusão, estima-se que gerará uma média de 8.566 gigawatts-hora de eletricidade por ano, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa em aproximadamente 7,2 milhões de toneladas anuais. Além disso, a barragem servirá para funções como regulação do fluxo de água e prevenção de enchentes.
Atualmente, o projeto emprega mais de 2.500 trabalhadores, dos quais mais de 81% são locais. A conexão do primeiro gerador à rede elétrica está prevista para ser concluída até 2026.