China pede ao G7 que não seja cúmplice de coerção econômica

Fonte: Xinhua    15.05.2023 09h01

Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China disse na última sexta-feira que a China é vítima da coerção econômica dos Estados Unidos e pediu aos países do G7 que deixem de se envolver em "pequenos círculos" exclusivos e se abstenham de se tornarem cúmplices da coerção econômica.

O porta-voz Wang Wenbin fez as declarações em uma coletiva de imprensa diária em resposta a reportagens recentes da mídia de que os membros do G7 supostamente declararão uma resposta conjunta à "coerção econômica" para enviar um sinal à China.

Falando em coerção econômica, Wang disse que o primeiro país que deve ser condenado talvez sejam os Estados Unidos. Ele disse que os Estados Unidos tinham repetidamente exagerado o conceito de segurança nacional, abusado dos controles sobre as exportações e exercido práticas discriminatórias e tendenciosas contra empresas estrangeiras, o que têm violado gravemente os princípios da economia de mercado e da concorrência justa.

Citando estatísticas relevantes sobre sanções dos EUA contra outros países, Wang observou que, até o ano fiscal de 2021, mais de 9.400 sanções impostas pelos Estados Unidos tinham sendo implementadas. Os Estados Unidos têm imposto sanções econômicas unilaterais a quase 40 países ao redor do mundo, afetando quase metade da população mundial, acrescentou.

Outros membros do G7 também acham difícil escapar da coerção econômica e do bullying dos Estados Unidos, disse Wang, citando a supressão dos EUA da Toshiba do Japão, da Siemens da Alemanha e da Alstom da França, todos países aliados dos EUA.

"Se a cúpula do G7 vai colocar 'lidar com a coerção econômica' na agenda, sugiro que primeiro discutam o que os Estados Unidos têm feito", disse Wang. "Quando o lado japonês sediar a cúpula do G7, também poderá expressar alguma injustiça com os Estados Unidos em nome de outros países membros que também tinham sofrido bullying dos EUA? Ou pelo menos falar algumas palavras de verdade?"

Observando que a China vem sempre se opondo resolutamente à coerção econômica de outros países, Wang disse que a China insta o G7 a se conformar com a tendência geral dos tempos de abertura e inclusão, parar de se envolver em "pequenos círculos" fechados e exclusivos e se abster de ser cúmplice da coerção econômica.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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