A declaração dos Estados Unidos incentivando a Organização Mundial da Saúde (OMS) a convidar Taiwan para participar como observador na reunião da Assembleia Mundial da Saúde (AMS) deste ano é equivocada e enganosa. A China mais uma vez pede aos Estados Unidos que cessem a promoção de questões relacionadas a Taiwan usando a AMS, disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China na quarta-feira(10).
O porta-voz Wang Wenbin fez as observações em uma coletiva de imprensa regular em resposta a um comunicado emitido pelo secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que defende o retorno de Taiwan como observador na AMS e sua participação em todo o sistema das Nações Unidas.
"A China se opõe firmemente à declaração dos EUA", disse Wang.
Há apenas uma China, e Taiwan é uma parte inalienável do território chinês. A participação da região de Taiwan nas atividades das organizações internacionais, incluindo a OMS, deve ser tratada de acordo com o princípio de Uma Só China. Este é um princípio importante que foi afirmado na Resolução 2758 da Assembleia Geral das Nações Unidas e na Resolução 25.1 da AMS, apontou Wang.
Com as autoridades do Partido Progressista Democrata se recusando a reconhecer o Consenso de 1992 que incorpora o princípio de Uma Só China e obstinadas na "independência de Taiwan", a base política para a consulta através do Estreito foi posta em risco e a base política para a região de Taiwan participar da AMS não existe mais.
"A declaração dos EUA é equivocada e enganosa", afirmou o porta-voz, observando que pretende ser conivente com as forças de "independência de Taiwan" e apoiar as atividades secessionistas.
A questão de Taiwan está no centro dos interesses centrais da China. É a linha vermelha mais importante entre a China e os Estados Unidos, que não deve ser ultrapassada, destacou Wang.
"Mais uma vez pedimos aos Estados Unidos que adiram ao princípio de Uma Só China e às disposições dos três comunicados conjuntos China-EUA, observem a lei internacional e as normas básicas que regem as relações internacionais, ajam de acordo com as garantias do líder dos EUA de que o país não apoiará a 'independência de Taiwan' e não apoiará 'duas Chinas' ou 'uma China, um Taiwan' e parem de promover questões relacionadas a Taiwan usando a AMS", assinalou Wang.
"O princípio de Uma Só China tem o apoio esmagador da comunidade internacional e representa a tendência global. Isso não deve ser negado, nem pode ser contido", observou, acrescentando que qualquer tentativa de jogar a "carta de Taiwan" ou usar Taiwan para conter a China será rejeitada pela comunidade internacional e não terá sucesso.