Fumaça em Cartum, capital do Sudão, em 15 de abril de 2023. (Foto: Mohamed Khidir/Xinhua)
O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu na segunda-feira (17) aos líderes das Forças Armadas Sudanesas e das Forças de Apoio Rápido que cessem imediatamente as hostilidades e iniciem um diálogo para resolver a crise no Sudão.
Guterres fez o apelo antes de realizar seu discurso de abertura num fórum da ONU sobre financiamento para o desenvolvimento.
Ele condenou veementemente a eclosão dos combates no Sudão, observando que a situação já levou a "perdas horrendas de vidas", incluindo muitos civis.
O Sudão tem testemunhado confrontos armados entre o exército sudanês e as Forças de Apoio Rápido desde 15 de abril.
Pelo menos 97 pessoas morreram e centenas de outras ficaram feridas desde o início dos confrontos, segundo o Comitê Central de Médicos Sudaneses, uma entidade não-governamental.
"Condeno as mortes e ferimentos de civis e trabalhadores humanitários e o ataque e pilhagem de instalações", disse Guterres. "Lembro a todas as partes a necessidade de respeitar o direito internacional, inclusive garantindo a segurança de todas as Nações Unidas e pessoal associado e trabalhadores de ajuda humanitária".
O chefe da ONU alertou que qualquer nova escalada pode ser devastadora para o Sudão e a região, e pediu a todos aqueles com influência sobre a situação que apoiem os esforços para acabar com a violência, restaurar a ordem e retornar ao caminho da transição.
Guterres disse que conversou com os dois líderes sudaneses durante o fim de semana e está se envolvendo ativamente com a União Africana, a Liga Árabe e líderes de toda a região.
Ele reafirmou que o povo do Sudão terá todo o apoio das Nações Unidas em seus esforços para restaurar a transição democrática e construir um futuro pacífico e seguro.