A 3ª Exposição Internacional de Produtos de Consumo da China (CICPE, na sigla em inglês) forneceu um trampolim para empresas de todo mundo acederem a este mercado, dando um impulso muito necessário à confiança comercial global afetada pela pandemia.
Como expositor pela primeira vez na CICPE, Masashi Nanase, gerente assistente da empresa japonesa Fujiya Corporation, ficou entusiasmado ao ver os estandes da exposição repletos de visitantes.
O fluxo contínuo de pessoas demonstra a vitalidade da economia chinesa, disse.
Realizado na província de Hainan, a terceira CICPE atraiu mais de 3.300 marcas de 65 países e regiões. Nos dois primeiros dias da feira, o centro de exposições à beira-mar já havia registrado mais de 90 mil visitas.
Na esperança de expandir seus negócios para o continente chinês, a empresa de Nanase pretende alavancar a CICPE como uma plataforma para a promoção de produtos. "Acredito que nossa empresa terá um grande desenvolvimento na China", disse o gerente.
Stephan Mecha, chefe de vendas do Volkswagen Group China, disse que a CICPE é uma plataforma para expandir o comércio, fortalecer a cooperação e promover o desenvolvimento entre os países.
Durante o período 2013-2021, a China manteve-se como maior contribuinte para o crescimento económico global, com o consumo a assumir um papel maior na sustentação do seu crescimento económico.
Dados oficiais revelaram que o consumo final contribuiu com 65,4% para a expansão do PIB do país em 2021, superando o investimento e as exportações para se tornar o maior contribuinte do crescimento.
O consumo foi também destacado pelos formuladores de políticas da China em vários documentos e reuniões importantes. No relatório anual de trabalho do governo deste ano, por exemplo, o país reafirmou sua determinação em priorizar a retomada e expansão do consumo.
Com grandes oportunidades e políticas de apoio, o segundo maior mercado de consumo do mundo tem um apelo irresistível para empresas globais. E a CICPE, a primeira exposição estatal de produtos de consumo, ganha ainda mais destaque.
A exposição é uma excelente oportunidade para mostrar a marca aos clientes chineses e estreitar os laços entre a empresa e este mercado, disse Josie Zhang, presidente da Burberry China.
A exposição de Hainan, enquanto primeira exposição internacional em grande escala depois que a China otimizou sua resposta à pandemia, ofereceu também uma injeção de ânimo para empresas em dificuldades.
"Depois de três anos de desenvolvimento, a exposição está bem posicionada para desempenhar um papel mais proeminente no aumento da confiança do consumidor, liberando o potencial de consumo e conectando bens de consumo globais com o mercado chinês", acrescentou Zhang.
O Cônsul Comercial do Consulado Geral da França em Shanghai, Xavier Chatte-Ruols, também responsável pelo pavilhão da França na feira, destacou a importância das empresas atenderem à demanda dos consumidores e a confiança das empresas francesas em Hainan e na China.
Muitos clientes se interessaram pela marca e vieram comprar diretamente, observou Nicolas Gros, gerente geral da marca francesa Montagut, dizendo que ficou "bastante impressionado".
"Acho que voltarei no futuro", disse.
