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Embaixador chinês no Brasil: por um modelo de solidariedade, cooperação e desenvolvimento conjunto dos principais países em desenvolvimento

Fonte: Diário do Povo Online    12.04.2023 09h39

Nota: Na véspera da visita de Estado do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva à China, o embaixador chinês no Brasil, Zhu Qingqiao, escreveu um artigo para o Diário do Povo. Nas suas palavras, a relação bilateral sino-brasileira serve de modelo de solidariedade, cooperação e desenvolvimento conjunto entre os principais países em desenvolvimento.

De 12 a 15 de abril, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva fará uma visita de Estado à China. O presidente Lula é um velho amigo do povo chinês, tendo visitado a China por várias vezes e há muito se empenhado em promover o desenvolvimento das relações bilaterais. Com esta visita, a diplomacia de chefes de Estado inaugurará um novo futuro para as relações China-Brasil, elevará a parceria estratégica abrangente China-Brasil a um novo nível e fará novos contributos para promover a estabilidade e prosperidade regional e mundial.

Tanto a China quanto o Brasil são grandes países em desenvolvimento e importantes mercados emergentes. Desde o estabelecimento de relações diplomáticas há quase meio século, o relacionamento entre os dois países tem avançado constantemente e a influência geral, estratégica e global continua a aumentar.

O Brasil é o primeiro país em desenvolvimento e latino-americano a estabelecer uma parceria estratégica com a China. A China, por seu turno, tem sido o maior parceiro comercial do Brasil e uma importante fonte de investimentos por vários anos consecutivos.

O Brasil é o primeiro país latino-americano cujo volume de comércio bilateral com a China ultrapassou os 100 bilhões de dólares americanos e é o maior parceiro comercial da China na América Latina. A base da cooperação bilateral é sólida, altamente complementar, repleta de vitalidade e de resiliência.

Os intercâmbios culturais entre os dois países tornaram-se cada vez mais ativos e a amizade entre os povos se fortaleceu. A amizade de longo prazo e a estreita cooperação entre a China e o Brasil promoveram o desenvolvimento e a prosperidade dos dois países e melhoraram o bem-estar dos dois povos.

A relação bilateral serve de modelo de solidariedade, cooperação e desenvolvimento conjunto entre os principais países em desenvolvimento.

Atualmente, tanto a China quanto o Brasil atravessam um estágio crítico de desenvolvimento. O 20º Congresso Nacional do Partido Comunista da China elaborou um grande plano para construir de forma abrangente um país socialista moderno e promover o grande rejuvenescimento da nação chinesa por meio da modernização de estilo chinês.

O governo brasileiro promove ativamente a "reindustrialização", a transformação e atualização do desenvolvimento econômico, e se esforça para promover a modernização do país.

No processo rumo à modernização, ideias e objetivos comuns trouxeram oportunidades importantes para a China e o Brasil expandirem a cooperação prática.

A China está disponível para trabalhar com o Brasil para aderir à direção correta de desenvolvimento das relações bilaterais e consolidar o consenso de que a outra parte representa uma oportunidade de desenvolvimento, prolongamento de uma amizade tradicional, aprofundamento da confiança política mútua, fortalecimento do alinhamento estratégico e aprimoramento do aprendizado mútuo entre civilizações.

As mudanças ocorrendo atualmente não têm precedentes. O mundo está uma vez mais em uma encruzilhada histórica. Diante da turbulenta situação internacional, a China e o Brasil compartilham amplos interesses comuns e assumem responsabilidades comuns de desenvolvimento.

A China está disponível para coordenar e cooperar estreitamente com o Brasil nos principais assuntos internacionais e regionais em organizações e mecanismos multilaterais, como as Nações Unidas, Organização Mundial do Comércio, G20, BRICS e Fórum China-CELAC, em defesa do multilateralismo genuíno e da promoção de uma ordem internacional mais justa e razoável, defensora da paz mundial e promotora do desenvolvimento comum.

Acredita-se que, sob a orientação estratégica dos dois chefes de Estado, a China e o Brasil terão uma voz retumbante de fortalecimento da cooperação e desenvolvimento comum, melhorarão de forma abrangente o nível de cooperação entre os dois países e promoverão conjuntamente a construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade.

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