A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, disse na quinta-feira (6) que a economia mundial este ano deve registrar um crescimento de menos de 3%, com a Índia e a China projetadas para responder por metade do crescimento global em 2023.
"O crescimento continua fraco em comparação histórica, tanto no curto quanto no médio prazo", disse Georgieva num discurso em Washington, D.C., antes das reuniões de primavera do FMI e do Banco Mundial da próxima semana.
A chefe do FMI observou que algum impulso vem das economias emergentes, com a Ásia sendo um ponto positivo.
"A Índia e a China devem responder por metade do crescimento global em 2023. Mas outros enfrentam uma escalada mais acentuada", observou ela.
O FMI vê a atividade econômica nos Estados Unidos e na Zona do Euro desacelerando, onde os juros mais altos pesam sobre a demanda.
Estima-se que cerca de 90% das economias avançadas vejam um declínio em sua taxa de crescimento este ano, disse Georgieva.
"Com o aumento das tensões geopolíticas e a inflação ainda alta, uma recuperação robusta permanece indescritível", alertou.
Segundo as projeções do FMI, o crescimento global permanecerá em torno de 3% nos próximos cinco anos, a previsão de crescimento de médio prazo mais baixa desde 1990 e bem abaixo da média de 3,8% das últimas duas décadas.
“Isso torna ainda mais difícil reduzir a pobreza, curar as cicatrizes econômicas da crise da Covid e oferecer novas e melhores oportunidades para todos”, lamentou Georgieva.
O FMI divulgará mais detalhes sobre suas perspectivas de crescimento quando publicar suas Perspectivas Econômicas Mundiais atualizado na próxima semana.