Cientistas chineses projetam bateria implantável para ajudar a matar tumores

Fonte: Xinhua    03.04.2023 14h07

Pesquisadores chineses desenvolveram uma bateria de água salgada implantável e autocarregável que ajuda a matar células tumorais, regulando o próprio ambiente que favorece o crescimento de um tumor.

O estudo foi publicado no sábado na revista Science Advances. Ele descreve a bateria, que, em uso combinado com um pró-fármaco chamado tirapazamina, reduziu o volume do tumor em 90%, em média, ao longo de duas semanas e eliminou tumores em quatro de cada cinco camundongos.

A equipe da Universidade de Fudan, inspirada pela reação redox do eletrodo em baterias, projetou um dispositivo implantável que consiste em poliimida à base de carbonila biocompatível e zinco metálico.

A bateria pode formar um ciclo de descarga e autocarregamento para consumir oxigênio em tumores de camundongos de forma constante, regulando assim o conteúdo de oxigênio e o nível de pH de um tumor.

Foi mostrado para otimizar os efeitos de matar tumores do tirapazamina para matar células tumorais em camundongos. A pró-droga explora as condições de esgotamento de oxigênio dos tumores para matar seletivamente suas células hipóxicas.

Apresentando boa plasticidade, a bateria de água salgada pode ser implantada por via subcutânea na superfície do tumor para cobrir adequadamente o tumor, de acordo com o estudo.

O estudo demonstrou que a bateria de água salgada poderia ser usada como um regulador eficaz do microambiente tumoral para a terapia antitumoral, disse Zhang Fan, professor da Universidade Fudan e autor correspondente do artigo.

Além disso, nenhuma alteração anormal no peso corporal, pele e órgãos normais dos ratos foi relatada durante o tratamento, indicando a segurança in-vivo da bateria.

"Este trabalho é um estudo cruzado entre a tecnologia de baterias e a bioterapia, que não apenas fornece um novo método de tratamento para a terapia antitumoral, mas também cria um precedente para baterias em aplicações biomédicas", disse Xia Yongyao, também professor da Fudan e autor correspondente do artigo.

(Web editor: Olivia Min, Renato Lu)

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