O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, reuniu-se com a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, na quarta-feira em Boao, Província de Hainan, comprometendo-se a aprofundar a cooperação com o FMI para tornar a governança global mais justa e equitativa.
Observando que desde o início deste ano a economia da China mostrou um impulso de estabilização e recuperação, Li disse que o país tem uma base econômica sólida, amplas perspectivas de desenvolvimento e um futuro promissor. A China fortalecerá a regulação macropolítica, liberará o potencial do consumo e do investimento, irá se abrir inabalavelmente ao mundo exterior, melhorará de forma abrangente o ambiente de negócios e prevenirá e neutralizará prudentemente os riscos.
"Temos a confiança e a capacidade de promover a melhoria econômica geral e alcançar as metas de desenvolvimento de um ano inteiro", disse ele.
Diante de desafios complexos e severos, a comunidade internacional precisa trabalhar em conjunto para enfrentá-los, disse Li, instando a comunidade internacional a defender o multilateralismo, fortalecer a coordenação das políticas macroeconômicas e manter a segurança, a estabilidade e a fluidez das cadeias industriais e de suprimentos globais.
Li disse que a China sempre apoiou os países em desenvolvimento no desenvolvimento de suas economias e na melhoria dos meios de subsistência das pessoas dentro dos limites de sua capacidade.
"Nós aplaudimos o FMI por seu papel ativo de liderança no assunto das dívidas e apoiamos o FMI na criação do Fundo de Resiliência e Sustentabilidade para fornecer financiamento para os países em desenvolvimento para enfrentar as mudanças climáticas", disse ele.
A China dá grande importância ao seu relacionamento com o FMI, apoia firmemente o FMI em desempenhar um papel importante na governança global e está disposta a aprofundar a cooperação com o fundo para tornar a governança global mais justa e equitativa e aumentar a voz e a influência dos mercados emergentes e países em desenvolvimento nos assuntos internacionais, segundo o premiê chinês.
A chefe do FMI está na China para participar da Conferência Anual do Fórum Boao para a Ásia 2023.
Observando que a China é um parceiro importante do FMI, Georgieva disse que o desenvolvimento econômico da China desfruta de um bom impulso e deve contribuir com mais de um terço do crescimento econômico mundial este ano, o que proporcionará importantes oportunidades para outros países.
O FMI aprecia o compromisso da China com o multilateralismo e sua importante contribuição para prevenir crises de dívida nos países em desenvolvimento. O FMI está disposto a aprofundar a cooperação com a China na regulação da política macroeconômica, prevenir a fragmentação do comércio, ajudar os países em desenvolvimento a lidar melhor com as crises da dívida e tornar o mundo mais estável e seguro, acrescentou Georgieva.