Há vários anos seguidos cientistas chineses implantaram uma plataforma de observação oceânica de longo prazo na área de infiltração fria do Mar do Sul da China, reunindo abundantes vídeos e dados no local.
Uma infiltração fria é uma área do fundo do oceano onde o sulfeto de hidrogênio, metano e outros fluidos ricos em hidrocarbonetos se infiltram. Essas áreas são um berço para a vida que pode prosperar sob condições extremas.
O estudo da infiltração fria está crescendo em popularidade, mas um desafio é a incapacidade de pesquisas submersíveis aleatórias de curto prazo levadas por submersíveis tripulados e veículos operados remotamente refletirem a migração e o desenvolvimento biológicos a longo prazo.
Os pesquisadores do Instituto de Oceanologia da Academia Chinesa de Ciências desenvolveram a plataforma LOOP, que usa um novo modo controlável para lançamento e recuperação. Isso é possível com a ajuda de embarcações de pesquisa e veículos submarinos.
A LOOP pode ser operada em um modo de controle online em tempo real, permitindo a seleção do local de pouso e o ajuste dos parâmetros de observação durante o processo de lançamento, com subsequente mudança para um modo de operação autônomo offline para observação contínua a longo prazo, de acordo com um estudo publicado no volume de março da revista Deep Sea Research Part I: Oceanographic Research Papers.
A plataforma resistente à corrosão já foi usada em 1.070 dias na área de infiltração fria no Mar do Sul da China. Durante o período de 2016 a 2018, realizou um tempo efetivo de observação de 414 dias.
A sonda subaquática revelou que o oxigênio e o metano dissolvidos podem ser dois fatores principais para a distribuição espacial desigual dessas comunidades de vida que produzem alimentos a partir de compostos inorgânicos, de acordo com o estudo.
Espera-se que a LOOP se torne uma plataforma universal de observação subaquática para aquisição de dados no local, de longo prazo e contínua, disseram os pesquisadores.