China insta Japão a consultar partes interessadas sobre descarga de água contaminada nuclear

Fonte: Xinhua    07.03.2023 09h47

A China exige que o Japão consulte plenamente as partes interessadas e organizações internacionais relativas sobre seu plano de descarga de água contaminada nuclear, disse nesta segunda-feira a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning.

Mao fez as observações em uma coletiva de imprensa regular quando solicitada a comentar sobre reportagens da mídia de que o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, disse na semana passada que a água contaminada da usina nuclear de Fukushima será lançada no oceano entre a primavera e o verão deste ano.

"Observamos reportagens relativas e estamos seriamente preocupados. Desconsiderando as fortes preocupações das pessoas no Japão e no resto do mundo, o governo japonês está decidido a aprovar o plano de descarga no mar, apesar de suas obrigações sob o direito internacional. Este é um ato irresponsável que colocará em risco o ambiente marinho global e a saúde das pessoas", apontou Mao.

O Japão armazena mais de 1,3 milhão de toneladas de água contaminada nuclear, o que significa que sua descarga no mar pode levar até 30 anos. A água contém mais de 60 radionuclídeos, que serão transportados pelo oceano para todas as partes do mundo dentro de uma década, causando danos imprevisíveis ao ambiente marinho e à saúde das pessoas, alertou a porta-voz.

"Os países vizinhos do Japão, incluindo a China, a República da Coreia, a República Popular Democrática da Coreia e a Rússia e os países insulares do Pacífico expressaram repetidamente suas preocupações e firme oposição ao plano de descarga oceânica", ressaltou Mao.

Ela ainda enfatizou que são deveres do Japão sob o direito internacional geral e a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, prevenir a poluição ambiental, minimizar o efeito perigoso, consultar plenamente os países que podem ser afetados, garantir a transparência e se envolver na cooperação internacional.

Ela exortou o Japão a levar a sério as preocupações legítimas de todas as partes, cumprir suas obrigações, consultar plenamente as partes interessadas e organizações internacionais relativas, lidar com a água contaminada nuclear de maneira científica, aberta, transparente e segura, incluindo estudar alternativas à descarga oceânica e sujeitar-se totalmente à supervisão internacional, de modo a proteger o único planeta que a humanidade chama de lar.

(Web editor: Olívia Min, Renato Lu)

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