Diante de uma situação internacional e regional complicada, a cooperação amistosa contínua da China com o Fundo Monetário Internacional (FMI) é benéfica não só para ambos os lados, mas também para a comunidade internacional como um todo para atender em conjunto os desafios que enfrenta, disse o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, na quarta-feira.
Li fez a observação durante uma conversa por telefone com a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva.
Notando que a China é o maior país em desenvolvimento do mundo e um promotor ativo da cooperação Sul-Sul, Li disse que a China está empenhada em acabar com a divisão Norte-Sul.
Lidar com os problemas de dívida dos países de baixa renda exige a participação de todos os credores, assinalou Li, acrescentando que a China permanece disposta a desempenhar um papel construtivo na resolução de questões de dívida de países relevantes dentro de uma estrutura multilateral.
Ao mesmo tempo, a China insta todas as partes a trabalharem juntas e compartilharem a responsabilidade de forma justa para ajudar os países de baixa renda a superar os desafios econômicos e alcançar o desenvolvimento sustentável.
No ano passado, fatores inesperados como a pandemia da COVID-19 tiveram um impacto significativo na economia da China, disse Li, observando que o governo respondeu de forma rápida e decisiva, implementando políticas e medidas estabelecidas antes do previsto e introduzindo um pacote de políticas e medidas para estabilizar a economia, estabilizando também o mercado macroeconômico.
Ao longo do ano, cidades e vilas criaram mais de 12 milhões de novos empregos, disse Li, acrescentando que, diante da alta inflação global, o índice de preços ao consumidor aumentou apenas 2%.
Nos três anos desde o início da COVID-19, a China buscou uma regulamentação macroeconômica inovadora, concentrando-se em estimular a vitalidade do mercado e a criatividade social por meio de medidas como cortes de impostos e taxas, disse Li.
A economia chinesa cresceu a uma taxa média anual de 4,5%, mais alta que a média mundial. Atualmente, o crescimento econômico da China está se estabilizando e se recuperando, com grande potencial de desenvolvimento no futuro, avaliou o primeiro-ministro.
Georgieva disse que a economia chinesa, que tem se saído bem recentemente, contribuiu para o desenvolvimento econômico mundial e continuará a ser o principal motor do crescimento econômico global, acrescentando que o FMI elevou significativamente suas expectativas para o crescimento econômico da China.
Georgieva agradeceu à China sua atitude positiva e construtiva, bem como seus esforços para ajudar os países em desenvolvimento a lidar com crises de dívida, acrescentando que o FMI está pronto para fortalecer a coordenação e cooperação com a China nesta questão.