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Subiu para 40 o número oficial de mortos pelas fortes chuvas que atingiram o litoral norte do estado brasileiro de São Paulo no fim de semana. Equipes de socorro passaram esta segunda-feira procurando vítimas de desmoronamentos e inundações; os desaparecidos passariam de 40.
O temporal afetou principalmente os municípios de São Sebastião, Ubatuba, Bertioga, Guarujá e Ilhabela, lotados de turistas devido aos feriados do Carnaval, sendo que grande parte continua ilhada devido à interrupção das estradas que ligam a região de praias ao resto de São Paulo e ao vizinho estado do Rio de Janeiro.
Em todo o estado de São Paulo, há 1.730 desalojados e 766 desabrigados. O governo decretou estado de calamidade em seis cidades e luto oficial de três dias. Cerca de 600 agentes da prefeitura, Defesa Civil, Forças Armadas, Corpo de bombeiros, Polícia Militar e Exército trabalham no auxílio à população.
Segundo dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as chuvas que caíram no litoral norte paulista entre sexta-feira e sábado foram as maiores já registradas em 24 horas na história do país.
Na cidade de Bertioga, o volume acumulado no período alcançou 683 milímetros, maior registro do sistema até o momento.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva interrompeu sua estada na Bahia, onde passa o feriado de Carnaval, para visitar a região afetada nesta segunda-feira na companhia de vários ministros. Após sobrevoar os locais, falou à imprensa na sede do município de São Sebastião, o mais afetado e onde estão alguns dos balneários mais exclusivos do país, como Maresias, que é uma zona para surfe, Baleia, Barra do Sahy e Cambury.
A população que vive no entorno desses balneários foi a mais atingida, visto que a maioria das casas fica nas encostas dos morros da Serra do Mar.
Na entrevista à imprensa, acompanhado pelo governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, e pelo prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto, Lula assegurou que o governo federal ajudará a construção de casas para aqueles que perderam as suas.
Não obstante, o presidente destacou que o Brasil tem um problema crônico de construção de casas em áreas de risco e pediu ao prefeito Augusto para "buscar um terreno mais seguro para que possamos dizer às pessoas que elas terão um ninho para cuidar de suas famílias".
O Ministério de Integração e Desenvolvimento Regional declarou estado de calamidade nos municípios afetados a fim de facilitar o envio de recursos.
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