Pandemia levou Brasil a registrar sua maior taxa de mortalidade em 2021

Fonte: Xinhua    17.02.2023 14h05

O Brasil registrou em 2021, segundo ano da pandemia da COVID-19 no país, a maior taxa de mortalidade histórica desde que se passou a levantar esses dados, informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o relatório divulgado pelo IBGE, em 2021, foram registradas 1.786.347 mortes, um aumento de 18% com relação a 2020, primeiro ano da pandemia.

"Foi o maior avanço de um ano para outro, desde 1974, quando foi iniciada a série histórica", afirmou o IBGE. Antes da pandemia, até 2019, o crescimento anual de mortes tinha um ritmo médio de 1,8%.

O relatório aponta que a maior parte desses falecimentos ocorreu no primeiro semestre de 2021, quando o país sofreu uma segunda onda da COVID-19, sendo que março sozinho contabilizou 202,5 mil vítimas, um valor 77,8% maior do que no mesmo mês de 2020.

A partir de julho, foi iniciada uma queda e, de setembro em diante, "o número de óbitos começa a cair em comparação ao mesmo mês do ano anterior".

"A implementação de medidas sanitárias e, posteriormente, as campanhas de incentivo à vacinação parecem ter contribuído para o recuo da pandemia e suas consequências. Há uma clara aderência entre a diminuição no número de óbitos e o avanço da vacinação no país", ressalta a gerente da pesquisa, Klívia Brayner, em comunicado.

O relatório também citou os registros de nascimento, destacando que os 2.635.854 bebês que nasceram em 2021 representaram uma redução de 1,6% na comparação com o ano anterior e o menor número desde 2003.

"A pandemia da COVID-19 afetou a demografia do país cujas projeções se baseiam em um cenário mais ou menos estável. Mas o número de nascimentos ficou muito abaixo do que a própria projeção do IBGE indica e o número de óbitos, muito acima", comentou Brayner.

O Brasil é o segundo país em mortes causadas pelo novo coronavírus, atrás apenas dos Estados Unidos, com 697.894 vítimas, segundo dados oficiais do Ministério da Saúde.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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