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China: requalificação de áreas urbanas e rurais avança em meio a prosperidade crescente

Fonte: Diário do Povo Online    16.02.2023 16h28

Por Qiang Wei, Diário do Povo

Uma pousada convertida a partir de uma casa de fazenda, na vila de Nonglin, na província de Anhui. Foto: Guo Shining, Diário do Povo Online

A neve acumula-se nos telhados cinza e lanternas vermelhas são penduradas na frente de cada casa. Na véspera do Festival da Primavera, Wang Chuan, um morador da vila de Zhanghe, na província de Shanxi, norte da China, está preparando a próxima receção de Ano Novo Chinês. "Muitos convidados vêm a nossa casa na véspera de Ano Novo Chinês. Temos jantares de reunião por vários anos seguidos. A carne preparada esgota-se rapidamente e tenho que ir à cidade para comprar mais".

Enquanto importante centro de transportes de antigas rotas comerciais, a vila de Zhanghe mantém um grande número de costumes folclóricos das aldeias tradicionais do norte. Nos últimos anos, a vila promoveu grandes esforços para construir uma indústria de turismo. O chef Wang Chuan e sua esposa decidiram regressar à aldeia há 3 anos. A sua antiga casa foi requalificada e transformada em uma casa familiar característica. Há muitos convidados. Wang Chuan é agora patrão e não tem que ir para outra cidade para trabalhar.

O desenvolvimento da vila de Zhanghe é um microcosmo da modernização industrial ocorrendo em muitas vilas na China por meio de investimentos e transformações nos últimos anos. Estima-se que até 2025, a renda anual per capita da vila de Zhanghe venha a superar os 30 mil yuans. Atualmente, a China tem cerca de 510 milhões de pessoas vivendo em áreas rurais, representando 36,11% da população total. Os agricultores são o principal grupo de baixa renda da China, sendo que sua prosperidade é um indicador importante para alcançar a prosperidade comum.

Sala de estudos da cidade de Xuyi, cidade de Huai'an, província de Jiangsu. Foto: Wang Hao, Diário do Povo Online

Na cidade de Wenzhou, província de Zhejiang, as "salas de estudo urbanas" atraíram muitos leitores. A sala de estudo urbana fornece aos cidadãos serviços de leitura gratuitos, sendo uma prática da cidade para alcançar a "prosperidade cultural" das pessoas. Desde a abertura da primeira sala de estudo urbana em 2014, a cidade construiu outras 136, com uma área total de mais de 34.800 metros quadrados, um acervo total de 1,43 milhão de livros, um total de 15,06 milhões de leitores e 14,80 milhões livros em circulação.

"Ao contrário das das bibliotecas e livrarias tradicionais, a sala de estudo é aconchegante, iluminada e confortável, contribuindo para que as pessoas se sintam em casa".

A China é já é segunda maior economia do mundo. Em 2022, o PIB do país ultrapassou os 12 bilhões de yuans, o que equivale a cerca de 18 trilhões de dólares americanos, com base na taxa de câmbio média anual. Enquanto isso, o PIB per capita é de apenas US$ 12.700, ainda longe de atingir o nível de um país moderadamente desenvolvido. A promoção contínua da prosperidade comum da civilização material e espiritual do povo é uma característica importante da modernização chinesa.

O Institute for Management Development, um think tank suíço, escreveu que o progresso tecnológico e a epidemia do século exacerbaram o fosso entre ricos e pobres, destacando a necessidade urgente de promover a tolerância e a prosperidade comum à escala global.

O acadêmico britânico Martin Jacques acredita que a proposta chinesa de prosperidade comum demonstrou perante o mundo como construir uma nova sociedade mais justa, igualitária e inclusiva no século XXI.

Uma China que caminha constantemente para a modernização proporcionará ao mundo mais oportunidades, injetará um maior ímpeto na cooperação internacional e dará maiores contributos para o progresso da humanidade.

Este ano marca o 10º aniversário da iniciativa do Cinturão e Rota. A China assinou documentos de cooperação com 151 países. No final de 2022, as empresas chinesas investiram um total de 397,9 bilhões de yuans em zonas de cooperação em países ao longo do Cinturão e Rota, criando 421.000 empregos locais. O relatório de pesquisa do Banco Mundial refere que, até 2030, a construção conjunta do Cinturão e Rota irá retirar 7,6 milhões de pessoas da pobreza extrema e 32 milhões de pessoas da pobreza moderada nos países participantes.

Enquanto um produto público internacional fornecido pela China, a Iniciativa de Desenvolvimento Global propõe um "roteiro" para estreitar a divisão Norte-Sul e o desenvolvimento desequilibrado, e fornece também um "acelerador" para o avanço da Agenda 2030 da ONU para o Desenvolvimento Sustentável. No ano passado, o "Grupo de Amigos da Iniciativa de Desenvolvimento Global" tinha membros de mais de 60 países.

A modernização chinesa continua a injetar um novo ímpeto na construção de uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade, guia o futuro rumo ao progresso da civilização humana e abre um novo caminho para o desenvolvimento comum da humanidade. 

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