China rejeita pedido dos EUA para contactos telefônicos

Fonte: Diário do Povo Online    10.02.2023 10h03

Ataque a dirigível não criou 'clima adequado' para diálogo de ministros

A China anunciou na quinta-feira que rejeitou o pedido dos Estados Unidos para uma conversa telefônica entre os ministros da Defesa dos dois países, depois que Washington insistiu em usar a força para abater um dirigível civil chinês não tripulado.

"A China não pode aceitar a proposta dos EUA, dada a prática irresponsável e profundamente injusta do lado dos EUA, que não criou a atmosfera adequada para as duas autoridades militares realizarem diálogos e intercâmbios", disse Tan Kefei, porta-voz do Ministério da Defesa Nacional da China.

Tan confirmou que os EUA solicitaram uma ligação entre os dois ministros da Defesa para comunicar com a China, depois que os EUA derrubaram o dirigível chinês.

A forma como os EUA lidaram com o incidente violou seriamente as práticas internacionais e estabeleceu um mau precedente, disse.

"A China se reserva o direito de responder conforme necessário à luz de situações semelhantes", disse Tan.

Na semana passada, um dirigível civil da China, usado para fins de pesquisa, entrou no espaço aéreo dos EUA depois de se desviar muito do curso planejado. O lado chinês, após verificação, informou repetidamente o lado americano sobre a natureza civil do dirigível e comunicou que sua entrada nos EUA devido a força maior foi totalmente inesperada.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, disse em uma coletiva de imprensa regular na quinta-feira que foi irresponsável da parte dos EUA insistir em derrubar o dirigível em uma aparente reação exagerada, apesar dos repetidos esclarecimentos da China.

Mao rejeitou também a mais recente alegação de Washington de que a China tem uma "frota" de balões de vigilância de diferentes formas e tamanhos nos cinco continentes.

"Não estou ciente da suposta 'frota'. Mas acho que o que os EUA reivindicam pode ser parte de seus esforços para conduzir uma guerra de informação contra a China", disse Mao, acrescentando que a comunidade internacional sabe claramente que país é o maior ator estatal do mundo em termos de espionagem e vigilância.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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