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Medidas de Washington alimentam tensões, diz Beijing

Fonte: Diário do Povo Online    03.02.2023 10h53

A China alertou na quinta-feira os países para ficarem alerta e não deixarem os Estados Unidos explorá-los, depois que os EUA e as Filipinas anunciaram planos para expandir a presença militar de Washington no país do Sudeste Asiático.

Por interesse próprio, os EUA têm constantemente fortalecido seu destacamento militar na região, com uma mentalidade de soma zero. Tais medidas estão aumentando as tensões na região e colocando em risco a paz e a estabilidade regionais, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning.

"Os países da região devem permanecer vigilantes contra isso e evitar serem explorados pelos EUA", disse Mao em uma coletiva de imprensa de rotina.

Suas observações foram feitas quando o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, anunciou um acordo com o secretário de Defesa das Filipinas, Carlito Galvez, na quinta-feira, que concederia às forças dos EUA acesso a mais quatro acampamentos militares filipinos.

O acordo se enquadra no Acordo de Cooperação de Defesa Aprimorada dos países, que remonta a 2014. O New York Times informou que o acordo assinala a primeira vez em 30 anos que os EUA terão uma presença militar tão grande nas Filipinas.

Austin chegou às Filipinas na terça-feira após uma visita à República da Coreia, onde também expressou a prontidão americana para aumentar a implementação de armas avançadas.

"A China sempre acreditou que a cooperação em defesa e segurança entre os países deveria contribuir para a paz e estabilidade regional, em vez de visar ou prejudicar os interesses de terceiros", disse Mao.

Também no briefing, Mao instou os EUA a interromper todos os contatos oficiais e laços militares com a região de Taiwan e a se abster de criar novas tensões no Estreito de Taiwan, depois que a líder de Taiwan, Tsai Ing-wen, ter recebido o ex-comandante da região do "Indo-Pacífico", Phil Davidson, na quinta-feira.

"Resolver a questão de Taiwan é uma questão do povo chinês e deve ser decidida pelo povo chinês", disse Mao, enfatizando que Taiwan é uma parte inalienável do território da China.

Mao apontou que a causa na base das tensões no Estreito de Taiwan é que as autoridades do Partido Democrático Progressista de Taiwan buscam repetidamente o apoio dos EUA para pressionar sua agenda de "independência", e que certos indivíduos dos EUA tentam "usar Taiwan para conter a China".

Mao apelou aos EUA para respeitarem o princípio de uma só China e as estipulações dos três comunicados conjuntos China-EUA.

Os EUA devem honrar o compromisso feito pelo líder dos EUA de que o país não apoia a "independência de Taiwan" e parar de interferir na questão de Taiwan, concluiu.

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