A China está fazendo o possível para prevenir doenças graves e tratar pacientes com COVID-19 em estado crítico.
As autoridades de saúde coordenaram os recursos médicos, implementaram medidas de resposta direcionadas para grupos vulneráveis e refinaram o protocolo relativo à triagem de pacientes, em uma tentativa de proteger a saúde das pessoas na maior medida possível.
PREPARAÇÃO DOS RECURSOS MÉDICOS
Os hospitais têm equipado melhor médicos e enfermeiros com conhecimentos direcionados e mais recentes no tratamento de pacientes, particularmente aqueles com condições graves induzidas pela COVID.
As instituições médicas conseguiram ampliar a capacidade das instalações para o tratamento de pacientes em condições graves, como o aumento da oferta de leitos hospitalares e ventiladores.
No final de 2022, havia cerca de 181 mil leitos de terapia intensiva disponíveis em todo o país, o que significa que o número de leitos de terapia intensiva por 100 mil habitantes, um importante indicador da capacidade dos hospitais em salvar pacientes em condições críticas, chegou a 12,8, mostraram estatísticas da Comissão Nacional de Saúde.
Na China, a força única da Medicina Tradicional Chinesa (MTC) foi alavancada no tratamento da COVID-19. As autoridades de saúde pediram a intervenção da MTC em estágios iniciais no tratamento de infecções e enfatizaram a integração da MTC e da medicina ocidental no tratamento de casos graves.
Para aqueles com sintomas graves, o tratamento integrado da medicina chinesa e ocidental pode efetivamente impedir que a doença se torne mais crítica ou retardar a progressão, reduzindo assim a taxa de fatalidade, disse Huang Luqi, vice-chefe da Administração Nacional de Medicina Tradicional Chinesa, em uma coletiva de imprensa na terça-feira.
RESPOSTA DIRECIONADA PARA GRUPOS-CHAVE
Na quarta-feira, uma mulher de 90 anos, após a primeira semana de infecção por COVID-19, estava recebendo tratamento em um centro comunitário de saúde na vila de Jiuting, no distrito de Songjiang, em Shanghai, por febre e tosse persistentes.
A mulher, que tem pressão alta e diabetes, foi enviada ao centro sob o conselho de seu médico de família em um acompanhamento por telefone. Em Jiuting, pacientes com COVID-19 com mais de 65 anos são entrevistados por profissionais de saúde locais diariamente para evitar a progressão para condições graves.
Idosos, juntamente com pessoas com graves condições subjacentes de saúde, mulheres grávidas, novas mães e crianças, estão em alto risco de infecção grave por COVID-19. Os principais grupos populacionais receberam maior atenção.
A força-tarefa interdepartamental do Conselho de Estado para a resposta à COVID-19 divulgou na terça-feira uma circular para reforçar os esforços para prevenir e reduzir infecções graves. Suprimentos de saúde contendo medicamentos e kits de teste de antígeno serão distribuídos aos grupos vulneráveis, de acordo com o documento. Na Província de Guizhou, no sudoeste do país, pessoas com mais de 65 anos receberam kits médicos gratuitos e medicina tradicional chinesa para o tratamento da COVID-19.
A circular também exige encaminhamentos rápidos para casos de infecção altamente vulneráveis para hospitais de nível superior.
MELHOR TRIAGEM PARA CASOS GRAVES
A China mobilizou instituições médicas de todos os níveis para melhorar a triagem de pacientes e garantir o tratamento de casos graves.
"Lançamos uma campanha total para identificar riscos potenciais no nível mais básico", disse Sun Wanxin, vice-presidente de um hospital distrital de Harbin, capital da Província de Heilongjiang, nordeste da China.
Autoridades locais e médicos rurais colocaram grupos altamente vulneráveis de pessoas, como aqueles em idade avançada ou com condições subjacentes, sob gerenciamento baseado em grade, monitorando sua saúde todos os dias via WeChat, telefone e outros meios.
Eles entrarão em contato com o hospital imediatamente se qualquer indicação de sintomas graves for observada entre essas pessoas e os casos graves serão transferidos para hospitais de nível superior, disse Sun.
Mais clínicas foram abertas em instituições médicas e de saúde de base, que classificam os pacientes de acordo com a gravidade de suas condições e dão prioridade aos casos graves.
