A China implementará um mecanismo dinâmico para as taxas de hipoteca da primeira residência, permitindo que as cidades ajustem um limite inferior da taxa com base na tendência dos preços de seus imóveis, informaram as autoridades financeiras do país na quinta-feira (5).

Os governos locais podem manter, reduzir ou remover o piso das taxas de hipoteca para novos compradores de casas se os preços de suas novas casas caírem por três meses consecutivos, tanto há mais de um ano quanto no período anterior de três meses, de acordo com um circular emitida conjuntamente pelo Banco Popular da China e pela Comissão Reguladora de Bancos e Seguros da China.

Por outro lado, uma cidade deve restaurar o limite inferior nacional para a taxa se os preços de suas novas residências tiverem aumentado por três meses na mesma medida, observou a circular.

A mudança visa implementar melhor as políticas habitacionais específicas das cidades chinesas e garantir o desenvolvimento sólido e estável do mercado imobiliário, disse a circular.

Em maio passado, o país asiático reduziu o limite inferior das taxas de juros do primeiro empréstimo imobiliário em nível nacional para 20 pontos-base abaixo do prazo correspondente da taxa preferencial do empréstimo e concedeu a certas cidades margem de manobra para reduzir ou descartar o limite em setembro.

Os preços das casas novas em quatro cidades de primeira linha - Beijing, Shanghai, Shenzhen e Guangzhou – caíram mensalmente 0,2% em novembro. As 31 cidades de segundo escalão e as 35 de terceiro escalão também viram os preços de casas novas caírem ligeiramente, segundo os dados oficiais.

Em 2023, a China promete seguir o princípio de que "moradia é para se viver nela, não para se especular sobre" e atender às necessidades básicas de moradia das pessoas e à necessidade de melhores condições de moradia, de acordo com a Conferência Central de Trabalho Econômico anual realizada em dezembro do ano passado.