O recém-nomeado ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, prometeu na terça-feira (3) "continuar se preocupando e apoiando o crescimento das relações China-EUA" ao deixar seu cargo como principal enviado de Beijing em Washington.
Qin, 56, foi nomeado ministro das Relações Exteriores na sexta-feira (31), depois de ter servido como embaixador da China nos Estados Unidos por cerca de 17 meses.
“Assumi o cargo em 2021 num momento de grandes desafios para as relações China-EUA”, disse ele através da página oficial no Twitter, ao se despedir do povo dos EUA. “Gostaria de deixar meus sinceros agradecimentos ao povo dos Estados Unidos pelo forte apoio e assistência prestados a mim e à Embaixada da China durante este período", escreveu ele.
Qin explicou que durante seu mandato como embaixador, ele trabalhou para implementar os entendimentos comuns dos presidentes de ambas as nações, serviu como ponte e vínculo de comunicação entre os dois países e explorou o caminho certo para a China e os EUA se darem bem na nova era.
Ele lembrou que visitou 22 estados em mais de 500 dias durante sua estada nos EUA. "Fui a agências governamentais, Congresso, think tanks, empresas, fábricas, portos, fazendas, escolas e campos esportivos e fiz muitos amigos nos EUA...Fiquei profundamente impressionado com tantos americanos trabalhadores, amigáveis e talentosos que conheci", tuitou ele.
Falando sobre o caminho a seguir, ele escreveu: "O que é passado é prólogo. No futuro, continuarei a me preocupar e apoiar o crescimento das relações China-EUA, encorajar o diálogo, a compreensão mútua e a afinidade entre os dois povos".
Qin também prometeu trabalhar por "respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação ganha-ganha" entre os dois países, e empenhar seus "devidos esforços para o bem-estar dos dois povos e para a paz, estabilidade e desenvolvimento mundial".
Na segunda-feira (9), Qin emitiu duas cartas separadas para se despedir de estudantes chineses e chineses estrangeiros que estudam nos EUA. Ele observou que a população total de chineses estrangeiros nos EUA atingiu mais de 5 milhões e eles "se tornaram uma parte importante da sociedade pluralista nos EUA".
A comunidade chinesa no exterior nos EUA promoveu com determinação a amizade entre as pessoas, apesar da resistência sem precedentes e num momento em que as relações China-EUA estão em baixa, observou ele. A comunidade ajudou os dois países a fortalecer o entendimento mútuo, aumentar a confiança mútua e desenvolver a cooperação, acrescentou.
Em sua carta dirigida aos estudantes chineses, Qin expressou sua esperança de que eles façam mais amigos, promovam intercâmbios, atuem como enviados de base da amizade China-EUA, promovendo o entendimento mútuo entre os dois povos.