A cantora e compositora brasileira Margareth Menezes, de 60 anos, anunciou nesta terça-feira ter aceitado o convite do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva para ser a ministra da Cultura a partir de 1º de janeiro, quando se iniciará o novo governo.

"Foi uma conversa (com Lula) muito animadora para os que nos dedicamos à cultura. Conversamos e aceitei a missão. Recebo este convite como uma missão, até porque foi uma surpresa para mim", disse Menezes.

Nascida em Salvador (Bahia, nordeste), a cantora é a primeira mulher anunciada para integrar a equipe ministerial de Lula, que recriará o Ministério da Cultura, extinto por Jair Bolsonaro.

"O presidente disse que para ele é de uma importância muito grande, e que ele está querendo fazer um Ministério da Cultura forte para atender aos anseios do povo da cultura e do Brasil pelo potencial da nossa cultura", acrescentou a cantora.

Durante a campanha, Lula prometeu a criação de comitês regionais de cultura para promover os artistas locais e iniciativas que "fujam do eixo Rio-São Paulo".

Em entrevista com jornalistas, a futura ministra também disse que primeiro será necessário "levantar" o ministério e estudar áreas setoriais para "fazer com que a cultura do Brasil seja reconhecida nacional e internacionalmente".

A cantora integrou o Grupo de Transição da Cultura e é uma das atrações anunciadas para o show da posse, em 1º de janeiro. Ela tem mais de 30 anos de carreira, 10 álbuns e quatro indicações ao Grammy.

Margareth Menezes também atua em projetos sociais e de fomento à cultura, como a ONG Associação Fábrica Cultural, criada por ela e é embaixadora do Folclore e da Cultura Popular do Brasil IOV/Unesco. Em 2021, a artista foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) como uma das 100 personalidades negras mais influentes do mundo.