Mais de 20.000 peças de artefatos e documentos estão em exposição pela primeira vez em um museu na Província de Heilongjiang, no nordeste da China, testemunhando crimes contra a humanidade pelo notório exército japonês de guerra biológica conhecido como Unidade 731, que atuou durante a Segunda Guerra Mundial.
Após uma preparação desde setembro, o Museu de Evidências de Crimes de Guerra da Unidade 731 do Exército Japonês em Harbin, a capital da Provincial de Heilongjiang, abriu a exposição no início deste mês.
Jin Chengmin, curador do museu, disse que as novas provas incluem 2.862 artefatos incriminatórios, 23.000 páginas de arquivos históricos e 810 minutos de gravação em vídeo, que foram obtidas através de escavações arqueológicas, forenses transnacionais e pesquisas acadêmicas desde 2015.
"A nova exibição completa ainda mais uma cadeia de provas da pesquisa com germes e experimentos em corpos humanos conduzidos pela Unidade 731", apontou Jin.
Entre eles está uma lista da unidade afiliada ao Exército Kwantung japonês, mostrando que a Unidade 731 tinha um total de 3.497 membros.
Pelo menos 3.000 pessoas morreram na base da unidade em Harbin entre 1939 e 1945, a maioria em experimentos para o desenvolvimento de armas biológicas.
Em mais de 30 anos de escavações e pesquisas arqueológicas, o museu coletou quase 100.000 peças de artefatos e documentos históricos em sete categorias.
"Ao apresentar as provas e revelar os crimes, aumentamos a influência internacional do museu para lembrar o público do passado e salvaguardar a paz. Não só é importante para os chineses, mas também significativo para toda a humanidade", indicou o curador.