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Navios chineses antigos proporcionam novas evidências importantes da Rota da Seda Marítima

Fonte: Diário do Povo Online    30.11.2022 15h18

Por Cao Lingjuan, Wang Jue

Recentemente, foram descobertos os destroços do maior naufrágio de um navio de madeira descoberto pelas equipes de arqueologia subaquática na China até agora, o antigo navio Yangtze No. 2, foi recuperado com sucesso nas águas do estuário do rio Yangtze, após mais de 4 horas de trabalhos para içar a embarcação.

Passados 150 anos, esta "cápsula do tempo" reapareceu, proporcionando dados históricos valiosas. Este salvamento é outra conquista histórica da arqueologia subaquática da China e fornece evidências preciosas para o aprofundamento do estudo da atividade marítima chinesa e do intercâmbio civilizacional.

O antigo navio é um dos maiores, mais bem preservados e repleto de relíquias culturais encontrados na China e até mesmo no mundo. De acordo com a idade do navio e a relação entre seu comprimento e largura, especula-se que a embarcação poderá ser um junco.

O navio foi detetado em 2015, quando o Centro de Pesquisa de Proteção de Relíquias Culturais de Shanghai e outras instituições realizaram importantes investigações arqueológicas subaquáticas nas águas de Hengsha, Chongming, no estuário do rio Yangtze. Sete anos de investigação volvidos, foi confirmado que a embarcação pertence ao período do imperador Tongzhi (1862-1875 D.C) da dinastia Qing, com um comprimento de cerca de 38,1 metros e uma largura de cerca de 9,9 metros.

Grandes quantidades de relíquias culturais foram também recuperadas do seu interior, as quais podem ser restauradas. Relíquias culturais requintadas, como porcelana de Jingdezhen, foram encontradas na cabine, além de utensílios de cerâmica e de madeira. Posteriormente, vasos de grande envergadura, como porcelana da dinastia Yuan e um vaso verde-feijão azul e branco de 60 centímetros de altura, também foram retirados, bem como um lote da famosa cerâmica de Yixing, em Jiangsu.

É urgente adotar um método geral de recuperação do antigo navio, entretanto erodido com o passar do tempo. Em março de 2022, o maior projeto geral de salvamento e proteção da China de um naufrágio antigo, o Projeto de Arqueologia de Navios Antigos e Relíquias Culturais do Estuário do Yangtze No. 2, foi lançado oficialmente. O Departamento Municipal de Relíquias Culturais de Shanghai, juntamente com o Departamento de Salvamento de Shanghai do Ministério dos Transportes, integrou técnicas avançadas de salvamento e fabrico de equipamentos para a operação de recuperar a embarcação.

O navio antigo Yangtze No. 2 na foz do rio Yangtze é outra descoberta marcante da arqueologia subaquática na China. O casco e acessórios do navio estão bem preservados e sua carga é vasta. Um grande número de itens de uso diário a bordo apresenta imagens vívidas de navios mercantes navegando e da vida a bordo no final da dinastia Qing. Lu forneceu informações materiais importantes.

No futuro, o antigo navio Yangtze No. 2 inaugurará uma nova etapa de proteção de relíquias culturais e escavação arqueológica. Atualmente, o Comitê Municipal do Partido de Shanghai e o Governo Municipal selecionaram o antigo local do Estaleiro de Shanghai como a "nova casa" do Yangtze No.2. Simultaneamente, serão realizadas atividades de proteção de relíquias culturais, exibições didáticas, e atividades culturais sobre o patrimônio cultural subaquático internacional. 

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