Aqueles que "traçam linhas" com base na ideologia nos campos da cooperação econômica e comercial darão um tiro no próprio pé e minarão os interesses comuns da comunidade internacional, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, na quarta-feira.

Zhao fez a observação durante uma entrevista coletiva diária, respondendo às recentes alegações feitas pelo secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg.

Durante uma visita à Espanha, Stoltenberg afirmou na segunda-feira que há "esforços crescentes da China para controlar a nossa infraestrutura crítica, cadeias de suprimentos e setores industriais importantes", de acordo com um relatório da Reuters.

Zhao destacou que a formação e o desenvolvimento de cadeias de suprimentos globais são resultado de regras de mercado e escolhas feitas por empresas, acrescentando que a China conduziu uma cooperação efetiva e equitativa com países de diferentes regiões nos últimos anos, incluindo países membros da OTAN, e essa cooperação provou ser mutuamente benéfica.

No entanto, Zhao disse que "desde o fim da Guerra Fria, a OTAN alcançou seus tentáculos de expansão cada vez mais amplos". A organização "tomou a liberdade de incluir em sua defesa coletiva os assuntos do ciberespaço e do espaço sideral, que deveriam ser administrados pelas Nações Unidas e organizações internacionais especializadas", acrescentou.

Também "reforçou sua interferência em uma ampla gama de assuntos civis, como mudanças climáticas, infraestrutura, inovação tecnológica, cadeias de suprimentos, saúde e energia", acrescentou Zhao.

Como organização regional, a OTAN deve aderir estritamente ao seu escopo geográfico e evitar tentar agir além de seu mandato ou autoridade, concluiu.