Os chefes de Estado da China e dos Estados Unidos sempre mantêm contatos por vários canais e a China tomou em consideração a sugestão de realizar um encontro bilateral entre os presidentes dos dois países em Bali, na Indonésia, afirmou Zhao Lijian, porta-voz da chancelaria chinesa, numa coletiva de imprensa na quinta-feira.

“Os dois lados estão em contatos sobre a questão”, disse Zhao, que acrescentou que a China insiste em desenvolver as relações com os EUA na base de respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação ganha-ganha, além de defender firmemente a soberania e segurança do próprio país.

De acordo com o porta-voz, a questão de Taiwan é o núcleo dos interesses essenciais da China. O princípio de Uma Só China trata-se da essência da base política das relações sino-americanas, enquanto os três comunicados conjuntos são as “barreiras protetoras” mais importantes dos laços entre Beijing e Washington, assinalou.

“O que os EUA devem fazer é parar de nulificar e deturpar o princípio de Uma Só China, respeitar a soberania e integridade territorial dos outros países, respeitar as normas internacionais de não interferência nos assuntos internos de outros e retomar o caminho de insistir no princípio de Uma Só China”, afirmou Zhao.

Quanto às relações comerciais, Zhao pediu aos EUA que parem de politizar as questões comerciais e mantenham as regras da economia de mercado e o sistema de comércio internacional. “A China defende o desenvolvimento da parceria inclusiva sem prejuízo para terceiras partes”, disse.

Zhao apelou a Washington para agir em paralelo com a China no desenvolvimento das relações bilaterais, gerir as divergências e promover a cooperação de benefício mútuo.