Os governos português e espanhol anunciaram na sexta-feira a decisão de apresentar o plano de financiamento para o Corredor de Energia Verde junto com a França antes de 15 de dezembro, como a Comissão Europeia exigia.
Como parte da 33ª Cimeira Luso-Espanhola na cidade de Viana do Castelo, no norte de Portugal, o primeiro-ministro português, António Costa ,disse que o projeto começa com a construção de um centro de armazenamento de energia em Cáceres, na região de Extremadura, no oeste da Espanha.
Costa saudou o acordo alcançado por Portugal, Espanha e França em uma coletiva de imprensa conjunta com o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez no final da 33ª Cimeira Luso-Espanhola.
"Quero, porque sei que foi objeto de debate em Portugal, garantir que as interconexões elétricas também se incorporam neste acordo e que, evidentemente, a Espanha vai cumprir - como não podia deixar de ser - o seu compromisso", disse Sánchez.
Os dois primeiros-ministros prometeram "dar a máxima prioridade à conclusão da interligação de gás renovável, ligando Celorico da Beira e Zamora (CelZa)", prevista no acordo.
"Tendo em vista a dimensão europeia deste projeto, [os governos] trabalharão em estreita articulação com a Comissão Europeia nas próximas semanas, nomeadamente com vista à identificação de fontes de financiamento europeu", disseram eles em uma declaração conjunta.
Quanto à produção de energias renováveis, eles destacaram "a importância potencial das fontes de energia renovável 'offshore' e concordam em cooperar e acelerar a sua produção até 2030".
Costa disse que o Plano de Recuperação e Resiliência prevê a construção de duas estradas entre os distritos portugueses de Portalegre e Faro, e a fronteira espanhola, além de aumentar a ligação ferroviária entre os dois países.