O ministro húngaro das Relações Exteriores e Comércio, Peter Szijjarto, fala durante uma coletiva de imprensa em Budapeste, Hungria, em 29 de julho de 2022. (Foto: Attila Volgyi/Xinhua)
O governo da Hungria rejeita todas as propostas que prejudiquem a cooperação econômica entre a União Europeia (UE) e a China, afirmou o ministro das Relações Exteriores e Comércio, Peter Szijjarto, na quinta-feira (20).
"Há uma questão séria na agenda europeia, que é a possível extinção da cooperação econômica Europa-China, que devemos rejeitar definitivamente, pois se os laços entre empresas e negócios europeus e chineses fossem cortados, resultaria em graves consequências econômicas para a Europa", disse ele aos participantes da segunda conferência do Dia da Bateria Húngara.
O governo da Hungria fará o possível para rejeitar todas as propostas que interrompam a cooperação econômica entre a UE e a China, porque também causariam sérios danos à indústria automotiva da Europa, observou o ministro.
Lembrando que a China foi um importante parceiro comercial para a UE e fazendo referência à política de "Abertura Oriental" de seu governo, ele destacou que desde 2010 "a estratégia é ser o ponto de encontro entre investidores e economias ocidentais e orientais".
Ele observou que a Hungria é o único país, além da Alemanha e da China, a sediar as fábricas das três maiores montadoras de carros premium da Alemanha (Audi, BMW e Mercedes). Além disso, seu país possui a terceira maior capacidade de produção de baterias elétricas do mundo, sendo o quinto maior exportador mundial desses produtos.
Dois dos seis principais fabricantes mundiais de baterias elétricas já estão presentes na Hungria, apontou ele. A fabricante chinesa de baterias CATL anunciou recentemente seu maior investimento de todos os tempos na Hungria.