O mais alto órgão anticorrupção da China anunciou nesta segunda-feira que Sheng Guangzu, ex-secretário do grupo de membros dirigentes do Partido e ex-gerente-geral da China Railway Corp., foi expulso do Partido Comunista da China (PCCh) por violar severamente a disciplina do Partido, cometer crimes relacionados ao dever e ser suspeito de receber subornos.
De acordo com as regulamentações do Partido e as leis, também foi tomada uma decisão de revogar os benefícios que ele gozava, confiscar seus ganhos ilícitos e entregar seu caso para processos judiciais.
A punição que Sheng recebeu é mais uma manifestação da inflexível determinação do PCCh de descobrir e erradicar a corrupção, um processo que ganhou força desde cerca de uma década atrás.
Ao longo dos anos, o PCCh vem enfrentando a corrupção com medidas rápidas e resolutas. Com esses esforços, o Partido e o governo foram capazes de melhorar a moralidade, a integridade e garantir que seus laços estreitos com o povo sejam bem mantidos.
COMBATER A CORRUPÇÃO EM TODO O QUADRO
"Nas novas circunstâncias, nosso Partido enfrenta muitos desafios severos, bem como muitas questões urgentes dentro do Partido que precisam ser tratadas, particularmente entre alguns oficiais, há problemas de corrupção, estar divorciado do povo, formalismo e burocracia", disse Xi Jinping em 15 de novembro de 2012, logo após ser eleito secretário-geral do Comitê Central do PCCh.
"Devemos fazer todos os esforços para resolver tais problemas".
Nos anos que se seguiram, as ações do PCCh continuaram a fazer jus às palavras de Xi. Desde o 18º Congresso Nacional do PCCh, em novembro de 2012, inspetores disciplinares em todo o país lidaram com quase 4,4 milhões de casos relativos a violações disciplinares até abril de 2022, nos quais 4,7 milhões de pessoas estavam envolvidas.
O PCCh também lançou operações de "caça à raposa" para prender suspeitos corruptos que se mudaram para o exterior para escaparem da punição. De 2014 a maio de 2021, 9.165 acusados foram extraditados de 120 países e regiões, e mais de 20 bilhões de yuans (US$ 2,9 bilhões) de seus ganhos ilícitos foram recuperados.
Além disso, para efetivamente reforçar disciplina rigorosa em relação à conduta dos oficiais, o PCCh estabeleceu um conjunto completo de mecanismos que consistem em definição de metas, avaliação de resultados e educação.
No final de cada ano, o Birô Político do Comitê Central do PCCh realiza reuniões de crítica e autocrítica, de modo a rever a implementação das Oito Regras do Comitê Central para a melhoria da conduta do Partido e do governo. O Partido também lança constantemente campanhas educativas para informar seus membros sobre a necessidade de melhorar a conduta.
Na batalha contra a corrupção, a patente de um oficial não o isenta de ser punido.
Como ilustrado por Xi, a batalha da China contra a corrupção consiste em "matar as moscas" e "eliminar os tigres". As "moscas" representam oficiais corruptos de baixo escalão e "tigres" representam os de alto escalão.
Atualmente, uma vitória esmagadora foi alcançada na luta da China contra a corrupção. Mas o Partido ainda não pode descansar em seus louros. Em vez disso, a guerra contra a corrupção é um esforço de longo prazo.
O Partido deve remover consistentemente todos os elementos que prejudicam sua natureza avançada e integridade e eliminar todos os vírus que corroem sua saúde, apontou Xi durante a sessão anual da Assembleia Popular Nacional em março.
ANTICORRUPÇÃO PARA O POVO
Como acontece com muitos outros esforços do PCCh, o objetivo final da batalha contra a corrupção é garantir que o povo chinês possa viver uma vida melhor.
Ao longo dos anos, as autoridades disciplinares chinesas lidaram com muitos casos em que oficiais de baixo escalão estavam envolvidos em atividades de corrupção. Embora não tão proeminentes quanto "tigres", seus delitos muitas vezes prejudicam diretamente os benefícios e interesses do povo, e podem, portanto, ser ainda mais prejudiciais às vezes.
Atividades corruptas em nível comunitário às vezes ocorrem em áreas que mais importam para os meios de subsistência das pessoas, incluindo alívio da pobreza, educação e proteção ambiental, entre outras. Por isso, elas sempre foram um alvo importante nas campanhas anticorrupção da China.
Por exemplo, o país tomou medidas resolutas para reprimir a corrupção que ocorreu no setor de alívio da pobreza. De 2017 a 2020, cerca de 330 mil casos relevantes foram tratados por autoridades disciplinares.
Além dessas atividades corruptas, outro tipo de corrupção que o público mais despreza e o governo leva a sério é o tipo onde os funcionários conspiram com o crime organizado e fornecem proteção. Desde 2018, cerca de 90 mil casos desse tipo foram tratados.
Mais notavelmente, após um violento caso de agressão a mulheres que ocorreu em junho em Tangshan, Província de Hebei, investigações disciplinares foram realizadas para revelar um possível "guarda-chuva protetor" que abrigou os agressores. As investigações descobriram que oito pessoas que detêm cargos públicos estão envolvidas em violações de disciplina e lei, suspeita de abuso de poder e suborno.
Os esforços sólidos para atender às necessidades das pessoas geraram resultados tangíveis e os esforços anticorrupção da China ganharam o entendimento e o apoio do povo.
De acordo com o Departamento Nacional de Estatísticas, em 2020, 95,8% das pessoas tinham total confiança neste trabalho de exercer uma governança rigorosa sobre o Partido e restringir a propagação da corrupção.
