China: mercado de trabalho do país estabiliza apesar dos desafios

Fonte: Diário do Povo Online    26.08.2022 13h27

O governo central estabilizou o mercado de trabalho da China nos últimos 10 anos, tendo conseguido suportar o tremendo impacto infligido pela pandemia de Covid-19 e os desafios impostos pela desaceleração econômica desde 2020.

Dados do Ministério de Recursos Humanos e Previdência Social da China demonstraram que a população urbana empregada aumentou nos últimos 10 anos, passando de 373 milhões em 2012 para 468 milhões em 2021, e o crescimento médio anual de pessoas recém-empregadas no período foi em torno de 13 milhões.

Mais pessoas foram transferidas para trabalhar no setor de serviços a partir de 2012, permitindo melhorar o cenário de emprego no país. O ministério disse que os funcionários do setor de serviços representavam 30,4% do total da população ativa em 2012, e isso aumentou para 48% em 2021.

"O quadro geral do emprego permanece estável, dando um sólido apoio ao desenvolvimento econômico e à estabilidade social do país", disse Li Zhong, vice-ministro de Recursos Humanos e Previdência Social, durante uma coletiva de imprensa em Beijing na quinta-feira.

"No entanto, enquanto país em desenvolvimento com a maior população do mundo, enfrentamos ainda uma pressão contínua no emprego e um desequilíbrio estrutural cada vez maior no mercado de trabalho. As crescentes incertezas representam também desafios nos esforços de promoção de empregos", acrescentou Li.

Um dos principais grupos que podem enfrentar mais dificuldades em conseguir empregos devido ao crescimento populacional são os graduados em faculdades – cerca de 10,76 milhões este ano – que atraíram muita atenção do governo central ao longo dos últimos 10 anos.

Zhang Ying, diretor do Departamento de Promoção de Emprego do Ministério de Recursos Humanos e Previdência Social, disse que o emprego de graduados universitários é de grande importância para o futuro da nação, bem-estar social e desenvolvimento econômico. No entanto, o grupo enfrentou novos problemas nos últimos anos, depois que o número de vagas de emprego diminuiu devido a surtos esporádicos de Covid-19.

Zhang disse que o ministério melhorou a proteção dos direitos dos graduados universitários, através de medidas, como a punição de agências de recrutamento ilegal e investigações sobre o preconceito contra os graduados quando estão procurando emprego.

Além do emprego, o ministério fez também mais esforços desde 2012 para melhorar a rede de segurança social em nível estatal para abranger mais pessoas, especialmente aquelas que são vulneráveis, como trabalhadores migrantes ou freelancers.

O ministério disse que a população incluída na segurança previdenciária em nível estatal aumentou de 790 milhões em 2012 para 1,03 bilhão em 2021. A população abrangida pela rede nacional de seguro de desemprego e rede de acidentes de trabalho, respetivamente, atingiu 230 milhões e 280 milhões no ano passado, em comparação com 150 milhões e 190 milhões em 2012.

Qi Tao, vice-diretor de segurança previdenciária do ministério, disse na mesma coletiva de imprensa que as pensões concedidas aos aposentados aumentaram nos últimos 10 anos, embora o país tenha sido pressionado por uma desaceleração econômica e surtos de Covid-19.

Ele disse que a China tem reservas suficientes para cobrir as obrigações de segurança social.

"Em 2021, a receita dos fundos de pensão foi de 4,4 trilhões de yuans (US$ 642 bilhões), e o custo foi de 4,1 trilhões de yuans", disse Qi.

Ele acrescentou que a China continuará a melhorar o sistema de segurança social para que seja mais justo e sustentável no apoio aos pagamentos dos beneficiários.

(Web editor: Beatriz Zhang, 符园园)

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