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China urge aos EUA que observem rigorosamente o princípio de Uma só China

Fonte: Diário do Povo Online    18.08.2022 09h35

A China pediu aos Estados Unidos na quarta-feira (17) que tirem lições da história, honrem os três comunicados conjuntos China-EUA e observem estritamente o princípio de Uma Só China.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, fez as declarações numa coletiva de imprensa regular quando solicitado a comentar o 40º aniversário do Comunicado de 17 de agosto, um dos três comunicados conjuntos China-EUA cruciais para as relações bilaterais.

No Comunicado de 17 de agosto de 1982, o governo dos Estados Unidos declarou que não pretende realizar uma política de longo prazo de vendas de armas para Taiwan, que suas vendas de armas para Taiwan não excederão, em termos qualitativos ou quantitativos, ao nível dos fornecidos nos últimos anos desde o estabelecimento das relações diplomáticas entre os Estados Unidos e a China, e que pretende reduzir gradualmente a sua venda de armas a Taiwan, conduzindo, ao longo do tempo, a uma resolução final.

Este comunicado, o Comunicado de Shanghai e o Comunicado Conjunto China-EUA sobre o Estabelecimento de Relações Diplomáticas constituem a base política das relações China-EUA, e sua essência central é o princípio de Uma só China, observou Wang.

Os Estados Unidos reconheceram que o governo da República Popular da China é o único governo legal da China. Também reconheceram a posição da China de que há apenas uma China e Taiwan faz parte da China. E com base nisso, os Estados Unidos cumpriram as três pré-condições apresentadas pela China, ou seja, romper as chamadas "relações diplomáticas", revogar o "tratado de defesa mútua" com as autoridades de Taiwan e retirar as forças militares dos EUA de Taiwan, observou Wang.

Isso possibilitou que a China e os Estados Unidos, dois países com diferentes sistemas sociais e ideologias e em diferentes estágios de desenvolvimento, tivessem diálogo e cooperação, alcançando resultados importantes que beneficiaram ambos os lados e o mundo em geral, segundo Wang.

Entretanto, os Estados Unidos aliviaram substancialmente as restrições às relações oficiais com Taiwan e aumentaram os contatos militares com Taiwan, lamentou Wang, acrescentando que a visita da presidente da Câmara dos representantes dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan violou o compromisso dos EUA de que apenas desenvolveria laços não oficiais com a região.

Defender o princípio de Uma só China é uma salvaguarda para as relações China-EUA e a estabilidade através do Estreito, defendeu Wang.

O desvio dos Estados Unidos do princípio de Uma só China certamente terá um grande impacto na confiança mútua entre os dois países, disse ele, acrescentando que os Estados Unidos renegaram o princípio de Uma só China, conspiram com as forças da "independência de Taiwan", são coniventes com atividades separatistas, continuam mudando o status quo em todo o Estreito de Taiwan e devem arcar com todas as responsabilidades pelas tensões no Estreito de Taiwan.

O princípio de Uma só China, reafirmado pela Resolução 2758 da AGNU, é parte integrante da ordem internacional pós-Segunda Guerra Mundial, um consenso internacional estabelecido e uma norma básica amplamente aceita nas relações internacionais, disse Wang.

"Ao violar o princípio de Uma só China, os Estados Unidos desafiam também a ordem internacional do pós-guerra, e certamente encontrarão ampla oposição da comunidade internacional", advertiu ele.

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