Os Estados Unidos cometeram crimes ao lançar guerras no Oriente Médio e regiões adjacentes que provocaram baixas em massa de civis, segundo um relatório divulgado na terça-feira pela Sociedade Chinesa de Estudos de Direitos Humanos (CSHRS, em inglês).
Intitulado "EUA Cometem Crimes Graves de Violação dos Direitos Humanos no Oriente Médio e Além", o relatório da CSHRS informa que, ao reunir seus aliados para lançar a Guerra do Golfo (1990-1991), a Guerra do Afeganistão (2001-2021), a Guerra do Iraque (2003-2011) e envolver-se na Guerra da Líbia e na Guerra da Síria, os Estados Unidos criaram "um desastre humanitário raramente visto no mundo".
Citando um relatório da Universidade Brown nos Estados Unidos, a CSHRS apontou que mais de 174.000 pessoas morreram diretamente na guerra no Afeganistão, das quais mais de 47.000 eram civis.
Em 2003, os Estados Unidos contornaram as Nações Unidas e violaram um princípio básico do direito internacional que proíbe o uso da força para lançar a Guerra do Iraque com desculpas fabricadas sem qualquer fundamento, constituindo a agressão contra o Iraque, segundo o relatório.
O documento também aponta que, de 2003 a 2021, cerca de 209.000 civis iraquianos morreram em guerras e conflitos violentos e cerca de 9,2 milhões de iraquianos se tornaram refugiados ou foram forçados a deixar sua terra natal.
Citando dados divulgados pelas Nações Unidas, o relatório também revelou que a intervenção militar dos EUA tirou pelo menos 350.000 vidas na Síria, deslocou mais de 12 milhões de pessoas e deixou 14 milhões de civis em necessidade urgente de assistência humanitária somente naquele país.
Observando que centenas de milhares de civis inocentes foram mortos em guerras que os Estados Unidos travaram ou de que participaram, o estudo destacou que aqueles que cometeram os crimes "muitas vezes escapam da responsabilização por seus atos ilegais e criminosos".
"O massacre desenfreado de civis pelas tropas militares dos EUA no exterior, sem dúvida, constitui um crime contra a humanidade", disse.