Uma porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China refutou duramente na quinta-feira declaração relacionada a Taiwan emitida pelos ministros das Relações Exteriores do G7 e pelo Alto Representante da União Europeia para Assuntos Externos e Política de Segurança dizendo que a China de hoje não é a antiga China que sofria intimidação e espezinhada há mais de 100 anos. É hora de eles acordarem de seu sonho de potências imperialistas.
O comentário da porta-voz Hua Chunying foi feito depois de ministros das Relações Exteriores do G7 e o Alto Representante da União Eueopeia para Assuntos Externos e Política de Segurança emitirem uma declaração relacionada a Taiwan na quarta-feira.
"Esses ministros das Relações Exteriores aparentemente ainda pensam que estão vivendo na era da Aliança das Oito Nações há mais de 120 anos. O mundo de hoje não é mais um mundo em que as potências imperialistas ostentam suas forças e fazem o que querem na China, e a China de hoje não é a antiga China que sofria intimidações e era espezinhada por outros países há mais de 100 anos", disse Hua.
A China tem o direito de salvaguardar a sua soberania e a sua integridade territorial. A razão fundamental para a atual tensão no Estreito de Taiwan é que o lado dos EUA, a despeito da forte oposição da China e de representações solenes, conspirou sobre a visita a Taiwan de seu terceiro representante mais alto em uma aeronave militar dos EUA, disse Hua. "Tal atitude prejudicou seriamente o princípio de Uma Só China e a soberania e integridade territorial da China".
"O lado dos EUA fez provocações maliciosas primeiro, enquanto a China foi obrigada a agir em auto-defesa", disse Hua, acrescentando que, diante de provocações aleatórias que violam descaradamente a soberania e integridade territorial da China, é legítimo que a China tome contramedidas, que definitivamente serão resolutas e poderosas.
Mais de 100 países manifestaram seu apoio ao princípio de Uma Só China e aos esforços da China para salvaguardar sua soberania e integridade territorial, disse a porta-voz.
"Se os países do G7 realmente valorizam a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan, deveriam ter dissuadido os Estados Unidos de realizar provocações perigosas, imprudentes e irresponsáveis contra a China", disse Hua.
"Antes da visita de Pelosi a Taiwan, eles deram uma de joão sem braço, e se mantinham em silêncio, mas agora surgiram e culparam a China por proçadeira com atos justos. Sua hipocrisia é evidente para todo o mundo", acrescentou.
O princípio de Uma Só China é uma base política importante para os sete países estabelecerem laços diplomáticos com a China. A China sempre se opõe firmemente a qualquer forma de intercâmbio oficial entre Taiwan e países que mantêm relações diplomáticas com a China. Os chefes das legislaturas dos sete governos devem cumprir as políticas externas reconhecidas e prometidas por seus governos, disse Hua.
O princípio de Uma Só China tem apenas uma versão e um significado. Ou seja, há apenas uma China no mundo, e Taiwan faz parte da China. O Governo da República Popular da China é o único governo legal que representa toda a China, enfatizou Hua.
Isso foi estabelecido na Resolução 2758 adotada pela 26ª Assembleia Geral das Nações Unidas em 1971, disse Hua, acrescentando que esta é uma norma básica que rege as relações internacionais e a base política para estabelecer e desenvolver relações diplomáticas com a China para 181 países, incluindo o G7.
Os membros do G7 liderados pelos Estados Unidos são um símbolo de agressão e coerção tanto na história quanto na realidade, observou a porta-voz, acrescentando que o G7 não deve esquecer que não representa a comunidade internacional. Suas opiniões são minoritárias.
"Gostaria de lembrar os ministros das Relações Exteriores desses sete países novamente. Estamos na terceira década do século XXI. Se eles ainda pensam como há 100 anos, haverá problemas", disse Hua.
Ao responder a uma pergunta de que o conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, supostamente cancelou sua reunião com o ministro das Relações Exteriores do Japão, Yoshimasa Hayashi, à margem da série de reuniões dos ministros das Relações Exteriores sobre a cooperação no Leste Asiático, agendada para quinta-feira à tarde, Hua disse que o Japão, juntamente com outros países do G7 e a União Europeia, emitiram um comunicado que acusou injustamente a China, confundindo o errado e o correto e aumentando a arrogância dos Estados Unidos em violar a soberania chinesa. O povo chinês está extremamente insatisfeito, por isso houve o cancelamento da reunião planejada em Phnom Penh, disse Hua.
"O Japão tem responsabilidade histórica na questão de Taiwan. Não está em posição nenhuma de fazer comentários irresponsáveis sobre questões relacionadas a Taiwan", acrescentou Hua.