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Europa vive período histórico de calor, com incêndios em muitas partes e centenas de mortes

Fonte: Xinhua    21.07.2022 13h18

As ondas de calor que atingem o oeste e o sul da Europa não mostram sinais de redução. É estimado que os recordes de temperatura se renovem em alguns países e o sol escaldante já matou centenas de pessoas e causou incêndios florestais ferozes.

O serviço meteorológico nacional da Grã-Bretanha (Met Office) alertou que o país pode se preparar para o dia mais quente já registrado nesta semana, com temperaturas chegando a um recorde de 40 graus Celsius em alguns lugares.

O escritório emitiu seu primeiro alerta vermelho sobre o calor extremo, lembrando à população que o calor representa um risco de doença grave ou até mesmo perigo de vida.

A temperatura recorde atual na Grã-Bretanha é de 38,7 graus Celsius registrada em julho de 2019.

O canal de notícias diário francês BFMTV informou na segunda-feira que os departamentos do oeste da França permanecem sob alerta de "calor extremo", com temperaturas estimadas em 40 graus Celsius.

O Ministério da Saúde da Espanha afirmou na segunda-feira que 510 pessoas morreram de causas relacionadas ao calor na primeira semana de uma onda de calor quando o termômetro marcou 45 graus Celsius em algumas partes do país.

O calor está afetando especialmente os idosos, com 321 das 510 vítimas com 85 anos ou mais, 121 com 75 a 84 anos e 44 com 65 a74 anos.

Enquanto isso, a onda de calor impacta o cotidiano da vida e da produção. O Met Office da Grã-Bretanha alerta a população para o risco de perda de energia, água ou serviço de telefonia móvel, além de atrasos no tráfego.

Um relatório recente do Centro Conjunto de Pesquisa da Comissão Europeia mostrou que quase metade do território da União Europeia (UE) e da Grã-Bretanha correm risco de seca em julho. As condições de seca e a escassez de água estão afetando a produção de energia e reduzindo o rendimento das culturas.

A rara onda de calor e a seca também geram incêndios florestais devastadores em países como França, Espanha, Portugal, Itália e Grécia.

Os incêndios florestais no sudoeste da França desde 12 de julho destruíram 14.000 hectares de terra e desalojaram 16.200 pessoas. Cerca de 1.700 bombeiros ainda estão tentando apagar os incêndios, mas a onda de calor e os ventos fortes pioram a situação, informou a BFMTV.

Incêndios florestais na Espanha queimaram mais de 22.000 hectares de florestas e arbustos na Espanha durante a onda de calor, segundo os serviços de emergência locais.

Para conter o aumento do risco de incêndios florestais graves, a UE está conversando com fabricantes para comprar aviões de combate a incêndios, de acordo com relatos da mídia.

A mudança climática está levando a mudanças nas temperaturas extremas e no número de ondas de calor em todo o mundo, disse Corinne Le Quere, professora de Ciência da Mudança Climática na Universidade de East Anglia, na Grã-Bretanha.

O especialista pediu mais medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e temperaturas mais confortáveis ​​no verão.

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