O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, disse nesta quinta-feira, na abertura da 14ª Cúpula do BRICS - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul -, que o grupo representa um fator de estabilidade e prosperidade no cenário internacional, e um modelo de cooperação baseado em benefícios para todas as partes.
Em seu discurso prévio à reunião privada dos presidentes, que se realizou nesta quinta-feira de forma virtual, Bolsonaro começou dizendo que era uma honra participar pela quarta vez da Cúpula do BRICS, e agradeceu à presidência chinesa pela organização do encontro.
"Saúdo o presidente Xi Jinping e o povo chinês que tão bem me receberam em minha visita à China em 2019. Naquela ocasião avançamos na Parceria Estratégica entre Brasil e China, com benefícios concretos para nossos povos, como demonstra nossa cooperação durante a pandemia da COVID-19", destacou.
Em seguida, Bolsonaro saudou os outros líderes do grupo, o presidente Vladimir Putin, da Rússia, "que me recebeu muito bem em fevereiro deste ano em seu país", o primeiro- ministro Narendra Modi, da Índia, país com o qual o Brasil também mantém relações estratégicas em múltiplas áreas e o presidente Cyril Ramaphosa, da África do Sul.
O dirigente brasileiro destacou que as relações entre os BRICS "tem contribuído para a prosperidade de nossas economias e o bem-estar de nossos povos".
"Devemos somar esforços na busca da reforma de organizações internacionais como o Banco Mundial, FMI e o sistema das Nações Unidas, especialmente seu Conselho de Segurança. O peso crescente das economias emergentes e em desenvolvimento deve ter sua devida e merecida representação", enfatizou.
Para o Brasil, disse, o BRICS é "um modelo de cooperação baseado em benefícios para todas as partes envolvidas e para a comunidade internacional em seu conjunto".
Segundo Bolsonaro, por esse motivo os sócios do grupo "devemos eleger as prioridades com responsabilidade e transparência".
Além de representar um fator de estabilidade e prosperidade no cenário internacional, os países do BRICS devem "contribuir para a geração de emprego e renda e o bem-estar de nossas populações", disse.
O presidente brasileiro lembrou que o BRICS surgiu em meio a uma das crises financeiras mais graves da história, e que, nesse contexto, "a fortaleza das economias emergentes resultou fundamental para a recuperação da economia internacional".
"Meu governo vem orientando a política externa brasileira para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil e de nossos parceiros e é necessário estar atentos para que o exercício diplomático permaneça sempre centrado no objetivo maior de produzir prosperidade e paz", ressaltou.
Bolsonaro expressou seu desejo de que, em breve, os líderes do BRICS "possamos nos reunir pessoalmente para tratar desses e de muitos outros temas de importância para nossas agendas bilaterais e multilaterais".
"Enquanto essa possibilidade não se materializar, reitero a vontade do Brasil de que, inclusive no formato virtual, possamos manter um diálogo produtivo e que a 14ª Cúpula do BRICS tenha pleno êxito", concluiu.
