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Shanghai anunciou medidas para restaurar gradualmente a produção e a vida cotidiana a partir desta quarta-feira(1º), já que a cidade efetivamente controlou o mais recente surto da Covid-19.
Moradores de comunidades de baixo risco para a Covid-19 podem se movimentar livremente na cidade, exceto em áreas consideradas de médio ou alto risco de propagação do vírus a partir de quarta-feira, disse Zong Ming, vice-prefeito de Shanghai, durante uma coletiva de imprensa na terça-feira (31).
Shopping centers, supermercados, lojas de conveniência, farmácias e mercados de produtos agrícolas poderão retomar os negócios offline segundo os protocolos de controle epidêmico.
Os serviços postais e de correio estão livres para reabrir seus centros de distribuição e pontos de venda de terminais e restaurar gradualmente a entrega de encomendas.
"A partir de quarta-feira, os pontos turísticos de nível A reabrirão com requisitos de reserva e limites no número de visitantes. Os parques também serão reabertos, mas o horário de funcionamento deve ser escalonado e o número de visitantes limitado", observou Zong.
Locais públicos fechados, incluindo cinemas, teatros, museus e ginásios, ainda não poderão retomar o funcionamento nesta fase, acrescentou ela.
O transporte público na cidade, incluindo ônibus, linhas de metrô e balsas, retomará a operação completa. Táxis e veículos envolvidos em serviços de carona online também estão autorizados a retomar suas operações.
"Carros particulares de áreas de baixo risco também podem pegar a estrada e percorrer todos os 16 distritos da cidade e atravessar o rio Huangpu por pontes e túneis", afirmou Xing Peiyi, chefe da polícia de trânsito do Departamento de Segurança Pública de Shanghai.
Os serviços de trem de e para Shanghai também retomarão gradualmente as operações normais.
"As taxas de capacidade de passageiros em voos internacionais que partem de Shanghai poderão aumentar, e o número de voos domésticos que saem e chegam a Shanghai em seus dois aeroportos também será aumentado gradualmente", disse Liu Bin, vice-diretor da Comissão de Transporte de Shanghai.
Shanghai realizou o controle efetivo do mais recente surto de Covid-19, o pior em dois anos. A cidade registrou 31 novas infeções, todas encontradas em populações em quarentena, na segunda-feira (30).
Os números oficiais mostraram que, ao todo, 50.000 profissionais de saúde de toda a China foram para a cidade e participaram da luta contra a Covid-19 nos últimos meses.
Na terça-feira, Shanghai se despediu da última equipe médica que ajudava a cidade, uma equipe médica de 1.091 membros da província de Hubei. Também no mesmo dia, a cidade fechou seu maior hospital de campanha, que foi construído dentro do Centro Nacional de Exposições e Convenções (Shanghai).
O fechamento do gigantesco hospital de campanha, que tem capacidade para mais de 50.000 leitos, é um marco para a vitória decisiva na luta de Shanghai contra o surto, segundo Chen Erzhen, chefe das equipes de tratamento médico dos hospitais improvisados da cidade asiática.
“Este hospital de campanha desempenhou um papel crucial no fornecimento de quarentena e observação médica para infeções, pois recebeu quase um terço das mais de 600.000 infeções por Covid-19 durante a onda local”, avaliou Chen, que também é vice-presidente do Hospital Shanghai Ruijin.
Durante o pico epidêmico da cidade chinesa, havia mais de 120 hospitais de campanha, fornecendo mais de 300.000 leitos, com o número de pacientes no Fangcang chegando a 46.000, acrescentou Chen.
Como Shanghai basicamente alcançou zero transmissão comunitária, a prevenção e controle da epidemia da cidade para o próximo passo dependerá mais da construção de um sistema holístico para garantir que não haja reincidência da doença, continuou Chen.
A cidade ainda manterá três hospitais de campanha, fornecendo ao todo 20.000 leitos, para garantir o controle efetivo da epidemia, disse ele.
“Como a cidade estabeleceu um sistema para transformar instalações públicas em hospitais improvisados de maneira rápida, podemos expandir a escala do hospital de campanha sempre que uma onda epidêmica ocorrer”, explicou ele.
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