O acordo de Parceria Econômica Abrangente Regional (RCEP) deve impulsionar a cooperação entre a China e os países da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), segundo autoridades e especialistas.
Falando no Fórum Media & Think Tank realizado em Hainan, no sul da China, Chi Fulin, chefe do Instituto de Reforma e Desenvolvimento da China, disse que a complementaridade econômica entre a China e os países da ASEAN continua a aumentar.
Os dados mostraram que no primeiro trimestre deste ano, o comércio entre a os dois lados representou 47,2%, ou quase metade, do comércio exterior da China com os parceiros da RCEP. Em 2020, a ASEAN e a China tornaram-se os maiores parceiros comerciais uma da outra.
A aplicação da RCEP aprofundará ainda mais a integração dos dois mercados energéticos com grande potencial, avaliou Chi.
Sob a estrutura da RCEP, a China abrirá mais suas portas para os países da ASEAN, injetando maior ímpeto na região, destacou Xia Deren, vice-diretor do comitê econômico do Comitê Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, citando o avanço da China na promoção da cooperação com esses países em esferas como agricultura e transporte.
Enfatizando a importância da RCEP no fortalecimento da cooperação da cadeia de suprimentos entre a China e os países da ASEAN, Zhao Jinping, ex-chefe do Centro de Pesquisa de Desenvolvimento do Conselho de Estado, pediu esforços para acelerar a integração econômica regional, ampliar o espaço de investimento e acelerar a digitalização das atividades de comércio e investimento.
O acordo da RCEP, o maior de livre comércio do mundo até hoje, abrange 10 estados membros da ASEAN e seus cinco parceiros de acordo de livre comércio: China, Japão, República da Coreia, Austrália e Nova Zelândia.
Os países cobertos pelo quadro respondem por cerca de 30% do produto interno bruto e da população mundial. Mais de 90% do comércio de bens entre os estados membros aprovados será gradualmente livre de tarifas.